As Forças de Defesa de Israel (IDF) anunciaram, este sábado, ter descoberto celas no final de um túnel de um quilómetro e repleto de armadilhas, na Faixa de Gaza, onde alegaram que o grupo islâmico Hamas manteve, a dado momento, cerca de 20 reféns.
A entidade terá encontrado cinco divisões estreitas com barras de metal, casas de banho, colchões, e até mesmo desenhos de uma criança que, segundo disse o porta-voz das forças armadas Daniel Hagari, terá sido libertada em novembro.
“De acordo com os testemunhos que temos, cerca de 20 reféns foram mantidos neste túnel em diferentes momentos, sob condições adversas, sem luz do dia, num ar denso com pouco oxigénio e com uma humidade terrível que dificulta a respiração”, disse.
De acordo com a agência Reuters, nenhum refém se encontrava no local naquele momento.
בהמשך להצהרת דובר צה״ל, מצורפות תמונות מתוך מנהרה בחאן יונס בה הוחזקו חטופים: pic.twitter.com/6CecbXLxrl
— צבא ההגנה לישראל (@idfonline) January 20, 2024
As IDF divulgaram fotografias do túnel que, alegadamente, estava protegido com explosivos e portas anti-explosão, e adiantaram terem levado jornalistas ao local, antes que fosse destruído.
Segundo Hagari, a entrada do túnel situava-se na casa de um membro do Hamas, em Khan Younis, no sul de Gaza.
“Os soldados entraram no túnel onde encontraram terroristas, travando uma batalha que terminou com a eliminação dos terroristas”, disse.
Depois do ataque surpresa do Hamas contra o território israelita, sob o nome 'Tempestade al-Aqsa', Israel bombardeou a partir do ar várias instalações daquele grupo armado na Faixa de Gaza, numa operação que denominou 'Espadas de Ferro'.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou que Israel está "em guerra" com o Hamas, grupo considerado terrorista por Israel, pelos Estados Unidos e pela União Europeia (UE), tendo acordado com a oposição a criação de um governo de emergência nacional e de um gabinete de guerra.
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