Serviços secretos ucranianos reivindicam ataque a terminal de gás russo
Os serviços secretos militares ucranianos reivindicaram hoje a autoria dos ataques contra um terminal de gás russo no mar Báltico e contra várias instalações militares nas regiões de Smolensk, Tula e Oriol.
© Reuters
Mundo Ucrânia/Rússia
De acordo com uma fonte daqueles serviços secretos, citada pelo grupo de media RBK, o incêndio que deflagrou no terminal de gás operado pela empresa russa Novatek em Ust-Luga, foi causado pelo impacto de um drone ucraniano.
"O ataque foi preciso. Provocou um enorme incêndio, que ainda não foi extinto", referiu a citada fonte, acrescentando que os russos foram obrigados a "evacuar os trabalhadores".
Antes da RBK avançar com esta informação, a empresa Novatek tinha emitido um comunicado onde afirmava que, segundo "informações preliminares, o incêndio foi causado por um fator externo", sem avançar mais detalhes.
No mesmo comunicado, a Novatek adiantava não haver registo de vítimas, nem perigo ou ameaça à vida e saúde dos trabalhadores, e que o incêndio estava "localizado".
O terminal de gás liquefeito, onde ocorreu a explosão, está localizado a 110 quilómetros a oeste de São Petersburgo e a cerca de 1.000 quilómetros da fronteira com a Ucrânia, tendo a referida fonte dos serviços secretos militares ucranianos afirmado que é nesse local que é processado "o combustível que, em concreto, vai para o exército russo".
"Um ataque bem-sucedido contra este terminal causa não apenas perdas económicas ao inimigo, privando-o da oportunidade de ganhar dinheiro com a guerra na Ucrânia, como também complica de forma significativa a logística do combustível do exército russo", assinalou ainda.
A região de Leninegrado, onde se situa este terminal, foi palco esta semana de dois ataques contra depósitos de petróleo em solo russo, ambos reivindicados por Kiev.
Os serviços de informações militares ucranianos disseram aos meios de comunicação que o alvo em Tula, a sul de Moscovo, era uma fábrica onde são produzidos os sistemas de mísseis antiaéreos Pantsir-S, enquanto o ataque em Smolensk (oeste) visava uma fábrica de aviões.
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