O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, disse, esta segunda-feira, que o país só concordará num cessar-fogo no norte do país quando a situação de segurança junto à fronteira com o Líbano, onde têm decorrido confrontos com o grupo libanês Hezbollah, estiver regularizada.
"Israel não cessará fogo até que possa garantir o regresso seguro das comunidades [evacuadas] do norte", mesmo que "o Hezbollah cesse fogo unilateralmente", lê-se num comunicado do governo israelita, citado pela agência Al Jazeera.
Num encontro com o seu homólogo francês, Sebastien Lecornu, em Telavive, Israel, Gallant "reiterou a preferência de Israel por seguir um canal diplomático" para resolver o conflito junto à fronteira com o Líbano, "enquanto mantém a prontidão militar".
O ministro da Defesa israelita agradeceu a Lecornu pela "compromisso" da França para "mudar a situação de segurança no sul do Líbano", e para "distanciar as forças do Hezbollah da fronteira".
"Uma guerra no norte será um desafio para Israel, mas devastadora para o Hezbollah e o Líbano", garantiu Gallant, citado pelo jornal The Times of Israel.
Nesta segunda-feira, o exército de Israel atacou posições do Hezbollah no Líbano, enquanto as hostilidades continuam na fronteira entre os dois países, e Telavive prometeu continuar os bombardeamentos até que seja restaurada a segurança da sua população.
"A atividade do Hezbollah no sul do rio Litani, no Líbano, incluindo a utilização e armazenamento de armas, é uma clara violação da resolução 1701 do Conselho de Segurança da ONU", afirmou o exército israelita, que sublinhou que "continuará a defender as fronteiras de Israel de qualquer ameaça".
O fogo cruzado entre Israel e o movimento libanês Hezbollah e grupos grupos palestinianos no sul do Líbano é quase diário, desde o início da guerra entre Israel e o Hamas em Gaza, em 7 de outubro, que levou a uma escalada de tensão na região.
O conflito entre Israel e o Hamas conduziu também ao aumento das hostilidades na fronteira entre Líbano e Israel e ao momento mais tenso desde a guerra de 2006 entre o Estado israelita e o Hezbollah.
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