O jovem israelita Tal Mitnick foi libertado, na sexta-feira, após cumprir 30 dias de prisão por recusar-se a cumprir o serviço militar.
Mitnick, de 18 anos, é o primeiro israelita a ser preso por objeção de consciência e, apesar de ter sido considerado um traidor, assegura que voltará a recusar o chamado para o exército do país, antevendo-se que será, novamente, preso.
À Sky News, o jovem disse, a partir de Telavive, que "a forma como o governo e o regime estão a tentar enquadrar a situação é dizer que o objetivo da guerra é eliminar o Hamas e recuperar os reféns".
"Acho que estes objetivos não podem ser atingidos com mais luta porque como vimos, a forma como recuperamos reféns, no fim do dia, foi com um acordo em que trocamos prisioneiros por reféns", continuou.
Enquanto falava com a cadeia televisiva, Mitnick recebeu uma chamada das Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês), informando-o que se deverá apresentar para o serviço militar obrigatório na manhã de terça-feira, algo que recusou fazer.
"Acham que sentenciar-me a 30 dias [de prisão] de alguma forma me fará sentir ameaçado, mas não me sinto ameaçado. Mantenho as minhas crenças e recusar-me-ei a servir outra vez. Na terça-feira à tarde ou à noite, serei enviado de volta à prisão para outra sentença", afirmou.
O jovem assegurou que a guerra contra o Hamas "só fortaleceu" a sua opinião, e que não queria "participar" nela. "Não querer servir não é um problema mental e não deve ser visto como tal. Quero mostrar que não quero servir por causa das minhas crenças e dos meus valores, e isso não é um problema mental", garantiu Mitnick, que foi chamado a servir nos serviços de inteligência militar, e não nas linhas da frente de batalha.
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