"O número de soldados que caíram em Gaza desde 27 de outubro é de 200", referiu um oficial militar israelita à agência France-Presse (AFP).
O conflito em curso entre Israel e o Hamas, que desde 2007 governa na Faixa de Gaza, foi desencadeado pelo ataque do movimento islamita em território israelita em 07 de outubro.
Nesse dia, 1.140 pessoas foram mortas, na sua maioria civis mas também perto de 400 militares, segundo os últimos números oficiais israelitas. Cerca de 240 civis e militares foram sequestrados, com Israel a indicar que 127 permanecem na Faixa de Gaza.
Em retaliação, Israel, que prometeu destruir o movimento islamita palestiniano, bombardeia desde então a Faixa de Gaza, onde, segundo o governo local liderado pelo Hamas, já foram mortas pelo menos 25.000 pessoas -- na maioria mulheres, crianças e adolescentes -- e feridas mais de 63.000, também maioritariamente civis.
A ofensiva israelita também tem destruído a maioria das infraestruturas de Gaza e perto de dois milhões de pessoas foram forçadas a abandonar as suas casas, a quase totalidade dos 2,3 milhões de habitantes do enclave, controlado pelo Hamas desde 2007.
A população da Faixa de Gaza também se confronta com uma crise humanitária sem precedentes, devido ao colapso dos hospitais, o surto de epidemias e escassez de água potável, alimentos, medicamentos e eletricidade.
A pressão internacional está a aumentar sobre Israel para preparar um resultado após a guerra que inclua a criação de um Estado palestiniano.
A União Europeia (UE) sublinhou hoje, antes de se reunir com os chefes da diplomacia israelita e palestiniana em Bruxelas, que Israel deve aceitar uma solução de dois Estados para garantir a sua segurança.
Familiares dos reféns, mobilizados para o seu regresso, interromperam hoje uma reunião no Parlamento israelita, enquanto os protestos contra o governo se intensificavam em Israel.
"Se esta fosse a sua família, o que você teria feito? Preciso do meu irmão, entendeu? Agora!" gritou um dos manifestantes, que foram retirados do edifício pelos seguranças.
O conflito também está a fazer escalar as tensões entre Israel e os aliados pró-Irão do Hamas, como o Hezbollah libanês e os rebeldes Huthis do Iémen.
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