O presidente da China, Xi Jinping, ordenou, na segunda-feira, uma missão de busca e resgate das pessoas desaparecidas na sequência de um aluimento de terras no sudoeste da China, que culminou em pelo menos sete mortes.
A informação é avançada pela agência estatal chinesa Xinhua, que dá conta da ordem do presidente chinês no condado de Zhenxiong, na província chinesa de Yunnan, que foi fustigada pelo fenómeno nas primeiras horas desta segunda-feira.
Segundo a Xinhua, 47 pessoas continuavam desaparecidas, após o aluimento de terras ter soterrado cerca de 18 casas.
Xi Jinping ordenou os esforços imediatos de resgate para minimizar as vítimas, disse a Xinhua, afirmando que o presidente chinês exigiu, também, uma monitorização reforçada e alertas, bem como uma abordagem científica nos esforços de busca e salvamento para proteção contra desastres secundários.
Apelou, ainda, a que sejam garantidas medidas apropriadas para consolar as famílias das vítimas e realojar as pessoas afetadas.
O presidente chinês pediu também a várias regiões e departamentos para que avaliem potenciais riscos e assumir as suas responsabilidades para prevenir grandes números de mortos e assegurar a segurança das vidas e da propriedade das pessoas.
O incidente ocorreu às 05h51 de segunda-feira (21h51 de domingo em Lisboa).
"Estávamos a dormir nessa altura, era de manhã cedo e ainda estava escuro. De repente, ouviu-se um ruído forte e o chão tremeu. Parecia um grande terramoto", disse um residente local, citado pelo jornal local Jimu News.
A região registou uma forte queda de neve durante a noite de domingo e, embora a intensidade seja menor, a precipitação ainda não diminuiu, com temperaturas a rondar os zero graus Celsius.
O estado das estradas que conduzem à zona afetada, congeladas ao amanhecer, está a dificultar os esforços de socorro, disse um funcionário do gabinete local de gestão de catástrofes.
No rescaldo, as autoridades de Yunnan ativaram o nível três do protocolo de resposta a emergências e enviaram para a zona uma dúzia de escavadoras e 33 carros de bombeiros.
O aluimento de terras ocorreu pouco mais de um mês depois de o terramoto mais forte dos últimos anos ter atingido a China a noroeste, numa região remota entre as províncias de Gansu e Qinghai. Pelo menos 149 pessoas morreram no terramoto de magnitude 6,2 na escala de Ritcher, registado a 18 de dezembro.
Cerca de 1.000 pessoas ficaram feridas e mais de 14 mil casas foram destruídas, na sequência do sismo mais mortífero dos últimos nove anos na China.
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