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A marcha "Fúria Bolivariana" faz parte de várias atividades programadas até 04 de fevereiro, data em que o chavismo comemora o 32.º aniversário da frustrada tentativa de golpe de Estado liderada por Hugo Chávez [Presidente entre 1999 e 2013], contra Carlos Andrés Pérez [Presidente entre 1974 e 1979, e entre 1989 e 1993].
A manifestação chavista passou escassos metros do local em Caracas onde centenas de opositores estavam concentrados à espera da líder opositora Maria Corina Machado, vencedora das primárias da oposição para competir contra Maduro nas presidenciais previstas para o segundo semestre de 2024.
Aos jornalistas, o presidente do parlamento, Jorge Rodríguez, anunciou que a partir de quinta-feira o parlamento venezuelano fará "um grande debate, franco" durante o qual divulgará "provas de planos conspirativos" contra o atual Governo.
"De aí, sairão medidas enérgicas, da Assembleia Nacional, para combater e condenar essas tentativas de semear violência e morte", frisou.
Por seu lado, a vice-presidente da Venezuela, Delcy Rodríguez, apelou "à defesa da integridade e soberania" do país, "para que os poderes internacionais saibam que o povo venezuelano sabe como responder às suas provocações".
O Ministério Público da Venezuela anunciou, segunda-feira, que 31 pessoas, entre elas civis e militares, foram detidos, desde maio de 2023, pelo alegado envolvimento em cinco conspirações contra o atual Governo, que incluíam o assassinato do Presidente.
O anúncio foi feito pelo procurador-geral, Tarek William Saab, numa conferência de imprensa em Caracas, em que anunciou novos mandados de detenção, contra jornalistas, youtubers, ativistas dos Direitos Humanos e ex-militares.
Ainda na segunda-feira, o ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino López, acusou as agências dos Estados Unidos de informações externas (CIA) e antinarcotráfico (DEA) de tentar derrubar o Governo do Presidente Nicolás Maduro.