Autoridades da Alemanha, Letónia, Lituânia, Canadá e Países Baixos conduziram uma investigação conjunta sobre a exportação de equipamento tecnológico e de laboratório, em violação das sanções impostas a nível da União Europeia (UE) após a invasão russa da Ucrânia.
A polícia neerlandesa abriu uma investigação no final do ano passado, que revelou "uma rede de empresas utilizadas para contornar a proibição de exportações para a Rússia", segundo a a Agência da União Europeia (UE) para a Cooperação em Justiça Penal.
Segundo a Administração Tributária e Aduaneira neerlandesa (FIOD, na sigla em neerlandês), dois homens, de 56 e 57 anos, foram detidos por suspeita de serem diretores de uma empresa neerlandesa que transporta mercadorias para a Rússia através da Europa Oriental.
Uma mulher de 54 anos também foi detida sob suspeita de participação na operação.
A emissora pública neerlandesa NOS referiu que os produtos contrabandeados valiam centenas de milhares de euros.
A UE já impôs doze rondas de sanções sem precedentes à Rússia, desde a invasão russa da Ucrânia em fevereiro de 2022.
Um responsável da UE disse na semana passada que Bruxelas estava a considerar impor uma nova ronda de sanções à Rússia no próximo mês para assinalar o segundo aniversário da invasão da Ucrânia.
A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991, após a desagregação da antiga União Soviética, e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.
A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, mas não conheceu avanços significativos no teatro de operações nos últimos meses, mantendo-se os dois beligerantes irredutíveis nas suas posições territoriais e sem abertura para cedências negociais.
As últimas semanas foram marcadas por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, enquanto as forças de Kiev têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014.
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