"Os nossos registos nacionais de monitorização da temperatura mostram níveis recorde. As alterações climáticas são uma realidade no nosso país. Temos de agir agora", alertou na rede social X a diretora do Instituto de Hidrologia, Meteorologia e Estudos Ambientais (IDEAM) colombiano, Ghisliane Echeverry.
Nove municípios do norte, centro e leste do país registaram, na terça-feira, temperaturas recorde de até 40,4° graus Celsius, de acordo com o instituto.
A Defesa Civil da Colômbia contabilizou "seis incêndios em todo o país, três deles ativos", um na capital, Bogotá, e dois no departamento de Vichada (leste), na fronteira com a Venezuela.
Um quarto está a consumir o Paramo de Santurban, um ecossistema fundamental para o ciclo da água no departamento de Santander (este), informou o Ministério do Ambiente na rede social X.
Na capital, a cordilheira que faz fronteira com a cidade a leste está a arder desde segunda-feira, provocando uma coluna de fumo.
"Os ventos (...) espalharam o fogo para uma área maior, cerca de 12 hectares", disse, no final desse dia, o presidente da Câmara de Bogotá, Carlos Fernando Galan.
O Ministério do Ambiente alertou para uma "deterioração significativa" da qualidade do ar nesta cidade de cerca de oito milhões de habitantes.
Nos últimos meses, a Colômbia teve de enfrentar uma onda de graves incêndios florestais causados pelas altas temperaturas e pela seca, resultantes do fenómeno climático El Niño.
Em 10 de janeiro, o Presidente colombiano, Gustavo Petro, avisou que o país estava em "alerta vermelho" para o que "poderá ser o ano mais quente da história da humanidade".
De acordo com dados oficiais, entre 03 de novembro e 20 de janeiro, registaram-se pelo menos 237 incêndios no país, mais de 50 só este ano.
O IDEAM colocou 883 dos 1.101 municípios da Colômbia em alerta de incêndio e mais de metade (582) em alerta vermelho.
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