Milhares de argentinos manifestaram-se, esta quarta-feira, em Buenos Aires contra as medidas de austeridade económica e as reformas do novo presidente, Javier Milei. O protesto foi convocado pela principal central argentina, a Confederación General del Trabajo (CGT), e incluiu uma greve geral de 12 horas.
Segundo a agência de notícias Reuters, a manifestação contou com vários setores e é a maior demonstração de oposição aos planos do ultraliberal Milei para cortes de despesa e privatizações desde que assumiu funções, no mês passado.
"O primeiro corte que este governo está a fazer é aos trabalhadores", disse Pablo Moyano, líder do sindicato dos camionistas, citado pela Reuters. "A reforma trabalhista deles visa tirar os direitos dos trabalhadores".
A greve geral começou pelas 12h00 locais e afetou os transportes, os bancos, os hospitais e os serviços públicos. No entanto, o governo argentino garante que "não há greve que nos detenha, não há ameaça que nos intimide".
"São sindicalistas mafiosos, gestores da pobreza, juízes cúmplices e políticos corruptos, todos a defender os seus privilégios, resistindo à mudança que a sociedade escolheu democraticamente", afirmou Patricia Bullrich, ministra da Segurança da Argentina.
Ao assumir a presidência há um mês, o liberal Javier Milei acabou com a emissão monetária e adotou uma política que pretende acabar com 5,2% de défice fiscal em apenas um ano.
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