Embaixador de Israel em Lisboa reage à acusação de genocídio

O embaixador israelita em Lisboa, Dor Shapira, declarou hoje que a acusação feita a Israel de genocídio contra os palestinianos, que foi apresentada pela África do Sul no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), é falsa e ultrajante.

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© Pedro Correia/Global Imagens

Lusa
26/01/2024 15:29 ‧ 26/01/2024 por Lusa

Mundo

Israel/Palestina

"A acusação de genocídio feita contra Israel no Tribunal Internacional de Justiça é falsa e ultrajante. Constitui uma exploração vergonhosa da Convenção sobre o Genocídio que não só é totalmente infundada de facto e de direito, como é moralmente repugnante", declarou Shapira na rede social X.

O Tribunal Internacional de Justiça afirmou hoje que a mais alta instância judicial da ONU vai avançar com uma investigação às acusações de genocídio na Faixa de Gaza apresentadas pela África do Sul contra Israel.

"Tal como o Tribunal reconheceu, no dia 07 de outubro, o Hamas e outros grupos terroristas cometeram atrocidades indescritíveis contra Israel e os seus cidadãos. Como qualquer país, Israel tem o direito inerente e inalienável de se defender contra o ataque terrorista que ainda enfrenta. A vil tentativa da África do Sul de negar a Israel este direito fundamental foi justamente rejeitada", declarou o embaixador israelita.

Segundo Shapira, "o Tribunal tem repetidamente deixado claro que a sua decisão de hoje não determina se as alegações da África do Sul têm algum mérito, ou a jurisdição do Tribunal nesta matéria".

"Israel continua empenhado, como tem repetidamente afirmado e demonstrado, em atuar em conformidade com os seus direitos e obrigações ao abrigo do direito internacional, incluindo o direito humanitário internacional. Este empenhamento é inabalável, independentemente de qualquer processo do TIJ", afirmou o embaixador israelita.

De acordo com Shapira, "Israel congratula-se com a exigência clara do Tribunal no sentido da libertação imediata e incondicional de todos os reféns detidos em Gaza".

"A guerra de Israel é contra o Hamas e não contra os civis palestinianos. Israel continuará a facilitar a assistência humanitária e a fazer tudo o que estiver ao seu alcance, de acordo com a lei, para manter os civis fora de perigo, mesmo quando o Hamas os utiliza como escudos humanos", sublinhou.

Segundo o diplomata, "as acusações infundadas da África do Sul, e a sua tentativa de esvaziar a palavra genocídio da sua força única e do seu significado especial, foram amplamente denunciadas por numerosos Estados conhecidos pelo seu empenhamento no Estado de direito. Israel está confiante de que o Tribunal rejeitará igualmente estas alegações infundadas na fase de mérito do processo".

"Na véspera do dia 27 de janeiro, Dia Internacional da Memória do Holocausto, Israel apela a todos os que estão genuinamente empenhados na promessa solene de 'nunca mais', consagrada na Convenção sobre o Genocídio, para que rejeitem os esforços inconcebíveis para distorcer a verdade em apoio de uma organização terrorista genocida", disse ainda.

Para o embaixador israelita, "o Hamas, e o seu patrocinador em Teerão, procuram negar aos israelitas e aos palestinianos a capacidade de alcançar um futuro pacífico. A África do Sul deve ser denunciada por ser sua cúmplice voluntária".

Leia Também: Conheça as medidas decretadas pelo TIJ para prevenir genocídio em Gaza

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