Segundo referiu a porta-voz do ministério, Maria Zajarova, vão ser disponibilizadas urnas em "todos os países em que há missões diplomáticas e secções consulares", incluindo em "Estados hostis".
A porta-voz da diplomacia russa salientou que serão criados cerca de 300 centros de votação, que irão abranger capitais e outras localidades.
Apesar deste número, Zakharova denunciou que os designados pela Rússia "países hostis" efetuaram uma série de manobras para impedir a abertura de mais espaços de votação.
"Infelizmente, o encerramento de quase 30 das nossas instituições no estrangeiro por decisão das autoridades de Estados hostis e uma redução significativa de pessoal nas restantes embaixadas reduziram significativamente a possibilidade de criação de espaços adicionais", lamentou.
Zakharova exemplificou como "Estados hostis" os países bálticos, a Moldova, a Alemanha, os Estados Unidos, a República Checa e a Finlândia.
Segundo a agência noticiosa russa TASS, a porta-voz indicou estarem a ser tomadas as "medidas adequadas para garantir a segurança" nos locais de voto e dos membros da comissão eleitoral.
Nas mesmas declarações, Maria Zajarova alertou para as sanções administrativas e criminais previstas em caso de obstrução ao normal desenrolar do dia das eleições.
O Presidente russo, Vladimir Putin, está no poder desde 2000 e pretende garantir um quinto mandato presidencial, depois de também ter ocupado o cargo de primeiro-ministro entre 2008 e 2012.
Segundo as sondagens locais, Putin deverá vencer as eleições presidenciais de março com mais votos face a 2018, quando garantiu cerca de 76% dos sufrágios.
A oposição russa, cujo líder Alexei Navalny cumpre 30 anos de prisão num estabelecimento penitenciário no Ártico, acusa o Kremlin (Presidência russa) de preparar uma fraude eleitoral através do voto eletrónico, ao qual vão ter acesso um terço dos eleitores recenseados durante os três dias da votação, previstos entre 15 e 17 de março.
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