As redes sociais são um mundo que se por um lado facilitam o acesso à informação, do outro lado da 'moeda' existe a desinformação.
O que aconteceu esta semana, com Taylor Swift, é mais um caso que representa não só o perigo e rapidez com que a informação - ou desinformação - circula, como também do cuidado que é preciso ter com a Inteligência Artificial (IA).
De acordo com a agência France-Presse (AFP), esta semana circularam imagens falsas com conteúdo pornográfico geradas por Inteligência Artificial, nas quais aparecia - ou parecia - Taylor Swift.
Uma das imagens que esteve visível na rede social X durante 17 horas e foi removida na quinta-feira chegou mesmo a ser vista 47 milhões de vezes.
O que aconteceu levou mesmo a cantora mais ouvida no Spotify 'até' à política norte-americana, dado que alguns responsáveis se pronunciaram sobre este caso. Uma congressista democrata de Nova Iorque, que apoiou uma lei para o combate a estas fotos, conhecidas como 'deepfakes', apontou, citada pela AFP, que "com os avanços da Inteligência Artificial, criar 'deepfakes' está mais fácil e barato".
Mas também do lado republicano houve quem se pronunciasse, como foi o caso de legislador Tom Keane que apontou que "a tecnologia de IA está a avançar mais rápido do que as barreiras necessárias".
"Se a vítima for Taylor Swift ou qualquer jovem do nosso país, devemos estabelecer salvaguardas para combater essa tendência alarmante", acrescentou.
Tema foi discutido na Casa Branca
Também a Casa Branca falou, esta sexta-feira, sobre o assunto, alertando que as empresas têm um papel importante para prevenir a propagação de desinformação.
"É muito alarmante. Por isso, vamos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para resolver esta questão", explicou a porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, numa conferência de imprensa, acrescentando que o Congresso deveria tomar medidas legislativas sobre o assunto.
"Embora as empresas de redes sociais tomem as suas próprias decisões independentes sobre a gestão de conteúdos, acreditamos que têm um papel importante a desempenhar na aplicação das suas próprias regras para evitar a propagação de desinformação e de imagens íntimas não consensuais de pessoas reais", afirmou Jean-Pierre.
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