Grupo de Resistência Islâmica do Iraque reivindica ataque a Israel
O grupo iraquiano Resistência Islâmica, que reúne milícias, na maioria xiitas pró-iranianas, reivindicou hoje a autoria de um ataque com 'drones' contra Israel, o primeiro após o atentado que matou domingo três soldados norte-americanos numa base na fronteira sírio-jordana.
© JAAFAR ASHTIYEH/AFP via Getty Images
Mundo Israel/Palestina
"Os 'mujahideen' da Resistência Islâmica atacaram na madrugada de hoje, com drones [aeronaves não tripuladas], um alvo sionista na nossa terra palestiniana ocupada", refere um comunicado do grupo.
O novo ataque, que Israel ainda não comentou, surge na "continuidade da política de luta contra a ocupação", em "apoio ao povo em Gaza", acrescenta o movimento terrorista, que sublinha ainda que a ação é também "uma resposta aos massacres da entidade usurpadora contra civis palestinianos, crianças, mulheres e idosos".
A nota, que contém frases do Corão, como "a vitória é concedida por Alá", reafirma ainda que "a Resistência Islâmica continuará a atacar os feudos dos inimigos".
Este é o primeiro ataque reivindicado pelo grupo, depois de ter anunciado a autoria de vários atentados semelhantes, um dos quais matou três soldados norte-americanos numa base na fronteira sírio-jordana e feriu outros 34, oito deles com gravidade.
Em reação aos vários ataques, o Governo iraquiano mostrou-se hoje preocupado com a "grave" escalada no Médio Oriente, condenando o que vitimou os três soldados norte-americanos.
Ao mesmo tempo, manifestou disponibilidade para cooperar na definição de "bases de ação" para evitar que a escalada se alastre no Médio Oriente, numa aparente referência à retaliação norte-americana em território iraquiano.
Desde o início da guerra de Israel em Gaza, em outubro, milícias sob a égide da "Resistência Islâmica no Iraque" lançaram vários ataques com 'drones' e mísseis contra bases militares norte-americanas no Iraque e na Síria, que foram respondidos com bombardeamentos norte-americanos em território iraquiano.
O primeiro-ministro iraquiano Mohamed Shia al Sudani, aliado de Washington, tinha denunciado estes ataques, mas ao mesmo tempo condenou "energicamente" os bombardeamentos de retaliação dos Estados Unidos, considerando-os "desrespeitosos da soberania" do país árabe.
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