O Ministério dos Negócios Estrangeiros saudita condenou, em comunicado, o ataque e renovou "o firme apoio do reino à intensificação dos esforços internacionais para eliminar o terrorismo e o extremismo em todas as suas formas e manifestações, bem como esgotar as suas fontes de financiamento".
Numa nota semelhante, o Egito também sublinhou "a necessidade de enfrentar todas as formas de terrorismo", além de "rejeitar todas as formas de violência para garantir a estabilidade" no Médio Oriente.
Os Emirados Árabes Unidos também se expressaram nestes termos, enquanto o Kuwait apelou, numa outra declaração, a "esforços concertados para se opor a estes atos e alcançar a estabilidade na região".
O Iraque também manifestou a sua "profunda preocupação" com os acontecimentos de segurança na região e apelou à redução da atual escalada.
Bagdade insistiu em "fortalecer os esforços internacionais para alcançar a estabilidade" e "dar espaço para negociações em curso com o lado americano".
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou no domingo que três soldados norte-americanos foram mortos naquele ataque de 'drones' [aparelho aéreo não tripulado] no nordeste da Jordânia, perto da fronteira com a Síria.
Por seu lado, o Governo jordano indicou que este ocorreu fora do seu território e que teve como alvo a base dos EUA em Al Tanf.
O ataque foi reivindicado pela Resistência Islâmica no Iraque, um grupo de milícias apoiado pelo Irão que realizou mais de uma centena de ataques contra tropas norte-americanas destacadas no Iraque e na Síria desde o início da guerra na Faixa de Gaza, em 07 de outubro.
O 'drone' pode ter sido confundido com um avião não tripulado dos EUA que regressava à base, informaram hoje fontes do Pentágono.
A vaga de ataques desde 07 de outubro casou ferimentos a cerca de 70 soldados americanos, embora esta seja a primeira vez que uma ação da Resistência Islâmica no Iraque causou mortos entre os soldados americanos.
Washington garantiu que responderá a este ataque, enquanto o Governo do Irão insistiu hoje que não dá ordens aos membros da aliança informal do Eixo da Resistência, composta pelo grupo libanês Hezbollah, pelas milícias pró-Irão do Iraque ou os rebeldes Huthis do Iémen, entre outros.
"O Presidente e eu não toleraremos ataques às forças dos EUA e tomaremos todas as ações necessárias para defender os EUA e as nossas tropas", disse o secretário da Defesa norte-americano, Lloyd Austin, ao reunir-se no Pentágono com o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg.
O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, deixou hoje claro que a paciência norte-americana se esgotou, depois de mais de dois meses de ataques de milícias pró iranianas contra as tropas dos EUA no Iraque, na Síria e na Jordânia, bem como à Marinha dos EUA e aos navios comerciais no Mar Vermelho.
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