O Departamento de Estado norte-americano realçou, em comunicado, que Sullivan agradeceu ao governante catari pelos "seus esforços inabaláveis" para a libertação dos reféns detidos pelo movimento islamita palestiniano Hamas em Gaza.
A diplomacia norte-americana apelou a que "todos os esforços sejam feitos para permitir ao Hamas assegurar a libertação dos reféns sem demora".
Ambos "concordaram em permanecer em contacto regular até que todos os reféns se reencontrem com suas famílias", pode ler-se ainda no breve comunicado.
O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, tinha adiantado hoje que Sullivan também se reuniu com vários familiares de norte-americanos ainda detidos pelo Hamas.
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, e o primeiro-ministro do Qatar e mediador na guerra de Gaza reuniram-se esta segunda-feira e afirmaram que houve progressos no sentido de um acordo entre Israel e o Hamas sobre uma trégua e a libertação de reféns.
O presidente do Qatar reuniu-se em Washington com o chefe da diplomacia americana um dia depois de ter participado em Paris numa reunião com os chefes dos serviços de inteligência israelitas, norte-americanos e egípcios à procura de um acordo.
"Penso que neste momento estamos numa posição muito melhor do que estávamos há semanas", garantiu Al Thani durante um discurso no 'think tank' Atlantic Council, após concluir a reunião com Blinken.
Israel e o Hamas chegaram a um único acordo de trégua de uma semana, entre 24 e 30 de novembro, que pôs fim aos combates e permitiu a troca de 105 reféns, incluindo alguns estrangeiros, para a libertação de 240 prisioneiros palestinianos, algo que não se repetiu desde então.
O grupo islamita palestiniano exige agora um cessar-fogo permanente em troca da libertação dos restantes reféns, algo que o Governo israelita disse não estar disposto a aceitar.
Os ataques sem precedentes do Hamas em solo israelita, em 07 de outubro, causaram cerca de 1.200 mortos e mais de 200 reféns, segundo as autoridades israelitas.
Em represália, Israel lançou uma ofensiva no território palestiniano que causou mais de 26 mil mortos, segundo dados das autoridades de Gaza, controladas pelo Hamas desde 2007.
Na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, territórios ocupados pelo Estado judaico, pelo menos 370 palestinianos foram mortos desde 07 de outubro pelas forças israelitas e em ataques perpetrados por colonos, além de se terem registado mais de 3.000 feridos e 5.600 detenções.
Leia Também: Jihad Islâmica diz que regresso dos reféns depende dos palestinianos