O primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson, condenou a "tentativa de ataque" levada a cabo, esta quarta-feira, contra a embaixada de Israel em Estocolmo, depois de as autoridades terem destruído um "objeto perigoso" junto ao órgão diplomático.
"Durante a tarde, um objeto perigoso foi encontrado na embaixada de Israel em Estocolmo. A polícia conseguiu destrui-lo. Isto é muito sério. Uma tentativa de ataque a uma embaixada é um ataque tanto a quem lá trabalha, como à Suécia", escreveu o chefe do Governo, na rede social X (Twitter).
Kristersson adiantou que as autoridades estão a investigar o caso, tendo reforçado a "vigilância da embaixada e das instituições judaicas na Suécia".
O engenho foi detonado de forma controlada pelas autoridades, depois de os funcionários do órgão diplomático terem alertado para a presença do objeto no local, pelas 13h10 (12h10 em Lisboa), noticiou a agência Reuters.
Polisen och Säkerhetspolisen utreder vem eller vilka som bär ansvaret. Polisen har nu skärpt bevakningen av ambassaden och av judiska institutioner i Sverige. (2/2)
— SwedishPM (@SwedishPM) January 31, 2024
O mesmo meio adiantou que, de acordo com a imprensa local, o objeto era uma granada que foi atirada pela cerca, tendo ficado perto do edifício.
Uma das primeiras reações ao acontecimento foi a do embaixador israelita em Estocolmo, Ziv Nevo Kulman, que sublinhou, através da mesma rede social, que a missão diplomática não se deixará intimidar.
"Hoje fomos alvo de uma tentativa de ataque contra a Embaixada de Israel em Estocolmo e os seus funcionários. Agradecemos às autoridades suecas pela sua rápida resposta. Não seremos intimidados pelo terror", escreveu.
Today we were subject to an attempted attack against the Embassy of Israel in Stockholm and its employees. We thank the Swedish authorities for their swift response. We will not be intimidated by terror.
— Ziv Nevo Kulman 🇮🇱️ (@zivnk) January 31, 2024
Este incidente, ainda não reivindicado, aconteceu em plena guerra no Médio Oriente entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas, num momento de crescentes manifestações de antissemitismo e de islamofobia na Europa.
Depois do ataque surpresa do Hamas contra o território israelita, sob o nome 'Tempestade al-Aqsa', Israel bombardeou a partir do ar várias instalações daquele grupo armado na Faixa de Gaza, numa operação que denominou 'Espadas de Ferro'.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou que Israel está "em guerra" com o Hamas, grupo considerado terrorista por Israel, pelos Estados Unidos e pela União Europeia (UE), tendo acordado com a oposição a criação de um governo de emergência nacional e de um gabinete de guerra.
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