A televisão Al Masira, porta-voz dos Hutis, adiantou que os bombardeamentos tiveram como alvo a cidade de Saada, um dos principais redutos dos insurgentes no noroeste do Iémen.
De acordo com a agência Efe, testemunhas referiram que foi ouvida uma explosão no norte da cidade, sem especificarem qual foi o alvo.
A última vez que Washington e Londres bombardearam conjuntamente o Iémen foi em 22 de janeiro, num ataque contra posições Hutis que visava destruir um dos armazéns subterrâneos onde os rebeldes guardavam alguns dos mísseis que utilizam contra navios no mar Vermelho.
No entanto, dois dias depois, os Estados Unidos bombardearam posições militares Hutis no porto de Ras Issa, a norte da cidade portuária de Al Hodeida, nas margens do mar Vermelho.
O bombardeamento de hoje, que ainda não foi reivindicado por nenhum dos países ocidentais, ocorre horas depois dos Hutis afirmarem ter atacado um contratorpedeiro norte-americano no sul do Mar Vermelho com vários mísseis, uma ação que, alegaram, foi "no âmbito do legítimo direito à legítima defesa".
O Comando Central dos Estados Unidos (Centcom) declarou na terça-feira que o seu navio militar USS Gravely abateu um míssil antinavio lançado pelos rebeldes sobre o mar Vermelho.
Os Hutis, grupo apoiado pelo Irão e considerado terrorista pelos EUA, têm levado a cabo centenas de ataques com drones e mísseis contra navios comerciais no mar Vermelho, em resposta aos ataques de Israel na Faixa de Gaza.
A tensão naquela área marítima fez com que as principais linhas de navegação do mundo ajustassem as rotas para evitar passarem pelo local, por onde transitam 8% do comércio mundial de cereais, 12% do comércio de petróleo e 8% do comércio internacional de gás natural liquefeito.
Washington e Londres bombardearam pela primeira vez posições Hutis em 12 de janeiro, quando atingiram cerca de 60 alvos no Iémen em retaliação pelas ações dos insurgentes no mar Vermelho.
Os ataques sem precedentes do grupo islamita palestiniano Hamas em solo israelita, em 07 de outubro, causaram cerca de 1.200 mortos e mais de 200 reféns, segundo as autoridades israelitas.
A ofensiva no território palestiniano lançada por Telavive causou mais de 26 mil mortos, segundo dados das autoridades de Gaza, controladas pelo Hamas desde 2007.
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