Agricultores? O campo veio à cidade para travar acordo UE-Mercosul

Milhares de agricultores bloqueavam hoje à tarde os principais acessos entre o Parlamento Europeu (PE) e os edifícios da Comissão Europeia, em Bruxelas, impedidos de avançar mais pelo dispositivo policial nas ruas.

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Lusa
01/02/2024 15:40 ‧ 01/02/2024 por Lusa

Mundo

UE/Agricultores

Acusações de inércia da União Europeia face a um caderno de encargos extenso ouviam-se nas vozes de contestação dos manifestantes na Praça do Luxemburgo, na capital belga, mesmo em frente ao edifício do Parlamento Europeu.

Ao início da tarde, o protesto podia confundir-se com um comício partidário, com as palavras de ordem entoadas pelos agricultores abafadas pelo som ininterrupto dos petardos e de um "canhão", e pela música. 

Em cartazes e faixas espalhadas pela praça lia-se "STOP UE - MERCOSUR" e contra um acordo que para os agricultores "é nocivo" para os "agricultores e agricultoras, o ambiente e os direitos sociais e humanos".

O monumento a John Cockerill, pioneiro da siderurgia do século XIX, que está no centro da Praça do Luxemburgo, foi coberto com cartazes e as estatuetas converteram-se em espantalhos.

Um grupo de agricultores distribuía sopa pelos manifestantes, para aguentarem melhor as próximas horas do protesto, que poderão ser longas, já que ninguém está a pensar arredar pé. 

Os instantes de tensão durante a manhã converteram-se numa aparente calma ao início da tarde.

Mas os agricultores continuam a colocar lenha nas fogueiras que ardiam na Praça do Luxemburgo desde o início do protesto, alimentadas com madeira e, sobretudo, pneus, produzindo nuvens de fumo negro a preencher parte do céu.

Entre cascas de ovos arremessadas pelos manifestantes, a polícia viu-se obrigada a reforçar o cordão que impede o avanço dos tratores, que se dirigiam para os edifícios da Comissão Europeia e do Conselho, mas o mais longe que chegaram foi à Rue Belliard, a duas ruas dos edifícios da Comissão.

Centenas de tratores bloquearam todos os acessos em redor das instituições europeias. E o que não está bloqueado pelos tratores, está cercado pela polícia de intervenção, preparada para eventuais confrontos.

Pelas 16h00 locais (15h00 em Lisboa) regressaram os buzinões e os manifestantes começaram a arremessar mais petardos, para não deixar crescer a ideia de que o protesto se tinha silenciado.

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