Um ex-funcionário da Boeing afirmou que não voaria "de forma alguma" num dos aviões 737 Max da fabricante norte-americana. "Trabalhei na fábrica onde eles foram construídos e vi a pressão que os funcionários sofriam para que os aviões fossem concluídos", afirmou Ed Pierson.
De acordo com o The Guardian, o homem - que deixou a Boeing em 2018 e assumiu funções como diretor da Foundation For Aviation Safety - manifestou preocupação com o facto de os reguladores terem permitido que os aviões 737 Max voltassem a voar.
Pierson relatou a intensa pressão a que os funcionários que trabalham na linha de produção Max eram sujeitos diariamente. "Todos podem ter pressão em qualquer trabalho, mas quando se está a construir um avião, não pode se dar ao luxo de ter esse tipo de problema", salientou o ex-funcionário da Boeing.
Recorde-se que a empresa está sob um forte escrutínio devido a um avião ter perdido parte da fuselagem em pleno voo, no início do mês de janeiro, forçando-o a fazer uma aterragem de emergência no estado americano do Oregon.
O acidente ocorrido num voo da Alaska Airlines fez com que 171 aviões Max 9 ficassem parados durante várias semanas, para serem submetidos a inspeções.
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