Libertados sete reféns sequestrados "por Gaza" numa fábrica na Turquia

Os sete reféns detidos hoje durante nove horas por um homem armado, que alegou agir "a favor de Gaza", numa fábrica turca do grupo norte-americano Procter & Gamble (P&G) foram libertados ilesos.

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© OZAN KOSE/AFP via Getty Images

Lusa
01/02/2024 23:22 ‧ 01/02/2024 por Lusa

Mundo

Turquia

Segundo o governador da província de Kocaeli (noroeste), Seddar Yavuz, o sequestrador, um ex-funcionário, foi detido sem violência, durante uma breve operação policial.

"As nossas forças de segurança realizaram a sua operação quando este ia à casa de banho, sem ferir os reféns", explicou o governador, em declarações aos jornalistas no local, especificando que o agressor não alegou fazer parte de nenhum grupo político ou ativista.

O sequestrador pediu o fim das operações militares israelitas em Gaza e a abertura do ponto de passagem de Rafah, entre a Faixa de Gaza e o Egito, acrescentou Yavuz.

Famílias reunidas perto do local confirmaram à agência France-Presse (AFP) que os sete reféns, incluindo uma jovem de 26 anos, estavam seguros.

O homem, que tinha "duas armas" e "um dispositivo possivelmente explosivo", segundo o governador, invadiu o local por volta das 14:30 (11:30 em Lisboa).

De acordo com uma foto publicada por um dos reféns na rede social Instagram - verificada pela AFP -, o homem apareceu com o rosto parcialmente coberto por um 'keffiyeh', o lenço que representa a luta palestiniana.

"Por Gaza", dizia uma mensagem saliente em vermelho numa parede atrás do sequestrador, que tinha também duas bandeiras, turca e palestiniana, frente a frente.

Um porta-voz do fabricante norte-americano de produtos domésticos e de higiene Procter & Gamble disse à AFP que a fábrica de Gebze, na periferia leste de Istambul, foi "evacuada no início do dia".

O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, um dos líderes mais críticos de Israel desde o início da guerra entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas, denunciou repetidamente o apoio dos EUA a Israel, que chamou de Estado terrorista e genocida.

Apelos ao boicote aos produtos norte-americanos também foram amplamente divulgados na Turquia desde o início do conflito. Vários restaurantes McDonald's e cafés Starbucks - que operam sob licença turca - foram vandalizados em todo o país.

No início de novembro, a polícia turca teve de dispersar, com recurso a gás lacrimogéneo, uma manifestação pró-palestiniana organizada em frente a uma base militar que alojava forças norte-americanas, poucas horas antes de uma visita a Ancara do secretário de Estado americano, Antony Blinken.

Manifestações em apoio aos palestinos são organizadas regularmente no país.

Leia Também: Trabalhadores feitos reféns em fábrica na Turquia. Será protesto por Gaza

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