O Departamento do Tesouro dos EUA indicou em comunicado que mais cinco pessoas -- todas iranianas -- e cinco organizações foram agora incluídas na 'lista negra' alvo de sanções impostas pelo Gabinete de Controlo de Ativos Estrangeiros (OFAC).
Também o Departamento de Estado anunciou que o líder do Comando Cibereletrónico do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica do Irão e cinco dos seus altos funcionários foram acusados por ataques cibernéticos nos Estados Unidos, passando a ser alvos de sanções.
"O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos sancionou hoje uma rede chave de fornecedores prolíficos de materiais e tecnologia sensíveis para os programas balísticos e de veículos aéreos não tripulados do Irão", afirmou o Governo num comunicado no qual esclareceu que isto inclui os 'drones' Shahed produzidos pelo Centro de Investigação das Indústrias de Aviação Shahed, que, segundo as autoridades ucranianas, são utilizados pela Rússia no âmbito dos seus ataques na Ucrânia.
Mathew Miller, porta-voz do Departamento de Estado, também avisou hoje que os Estados Unidos vão tomar medidas contra membros da Guarda Revolucionária, "para responder a recentes operações cibernéticas" contra interesses norte-americanos.
O Governo dos EUA especificou que quatro das entidades sancionadas estão sediadas no Irão e em Hong Kong e têm "operado como entidades secretas de aquisição" por parte de pessoas já incluídas na lista negra de sanções por participarem ativamente em ações de apoio à Guarda Revolucionária".
Neste sentido, o Departamento de Tesouro dos EUA confirmou que algumas das entidades sancionadas incluem também uma "empresa de fachada sediada em Hong Kong, envolvida na venda de mercadorias iranianas no valor de centenas de milhares de dólares em lucros à Força Quds da Guarda Revolucionária".
"A proliferação contínua do Irão das suas armas convencionais avançadas, incluindo veículos aéreos não tripulados e mísseis dirigidos contra soldados americanos, continua a ser uma ameaça crítica à estabilidade da região", explicou o subsecretário do Tesouro para o Terrorismo e Informações Financeiras, Brian E. Nelson.
"Não hesitaremos em usar todas as nossas ferramentas para desmantelar as redes de aquisição ilícita que fornecem os componentes destes sistemas de armas, bem como exigir responsabilidades daqueles que pretendem exportar essas armas para grupos terroristas", concluiu Nelson.
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