O presidente do Comité dos Serviços de Informações da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Mike Turner, criticou, no domingo, o governo de Biden por não ter "nenhuma política" em relação ao Irão.
Ao que noticia o The Hill, Turner considerou, no programa 'Face the Nation' da CBS News, que o governo de Biden tem "uma confusão entre as suas metas e objetivos" relacionados com os recentes ataques dos EUA no Médio Oriente.
As declarações de Mike Turner acontecem poucos dias depois dos EUA terem liderado uma grande onda de ataques retaliatórios no Médio Oriente contra grupos apoiados pelo Irão na Síria e no Iraque em retaliação ao ataque mortal com 'drones' na Jordânia que matou três militares norte-americanos, na semana passada.
"Isto é um problema… Eles continuam a dizer que querem retaliar, mas depois dizem que se trata de dissuasão, depois dizem que se trata de diminuir capacidades", sublinhou Turner a Margaret Brennan da CBS.
Segundo Turner, "todas são metas e objetivos diferentes". "E eles não estão a fazer nada disso. Todos sabemos que se trata apenas do Irão", acrescentou ainda.
"A administração não tem nenhuma política em relação ao Irão, como diminuir a sua capacidade, diminuir estes ataques e diminuir as suas atividades nefastas no Médio Oriente", atirou.
Turner reiterou, de seguida, que a administração Biden "não tem metas nem objetivos" quando se trata do Irão, observando que "não paga o preço quando as milícias são atacadas".
"A administração precisa de duas coisas: um plano real de combate em relação ao Irão (...) e diminuir estes ataques. Não podemos estar na defensiva para sempre. Os nossos sistemas para proteger as nossas tropas e os nossos navios não podem continuar a responder a esses ataques com 100% de sucesso", acrescentou.
Recorde-se que, na quarta-feira passada, três militares dos EUA foram mortos e dezenas de outros ficaram feridos num ataque com 'drone' ao seu remoto posto militar na Jordânia, revelou o Pentágono.
Estas foram as primeiras mortes de militares norte-americanos conhecidas causadas pelo fogo hostil no Médio Oriente desde outubro, quando as tensões regionais aumentaram com o início da guerra de Israel contra o Hamas em Gaza.
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