Abbas pede a EUA que reconheçam Estado palestiniano

O presidente palestiniano, Mahmoud Abbas, pediu hoje novamente aos Estados Unidos que reconheçam o Estado palestiniano, durante uma reunião, em Ramallah, com o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken.

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© Jade Gao - Pool/Getty Images

Lusa
07/02/2024 21:03 ‧ 07/02/2024 por Lusa

Mundo

Palestina

Segundo avança a agência EFE, na reunião com Blinken "o presidente Abbas sublinhou a importância do reconhecimento dos Estados Unidos do Estado Palestiniano" para que este se torne "um membro de pleno direito das Nações Unidas", e apelou novamente à adoção da chamada solução de dois Estados para o conflito israelo-palestiniano.

Antony Blinken visitou a visitou a Cisjordânia ocupada depois de se reunir com as principais autoridades israelitas.

O encontro com Abbas em Ramallah, capital da Autoridade Nacional Palestiniana (ANP), que atua como interlocutor e parceiro dos EUA na região.

O presidente reiterou a Blinken "a necessidade de parar imediatamente a contínua agressão israelita contra o povo palestiniano, especialmente na Faixa de Gaza", naquela que considerou "uma guerra de genocídio e destruição" levada a cabo por Israel.

Abbas exigiu também que o acesso da ajuda humanitária a Gaza seja acelerado, para apaziguar a grave crise humanitária, e alertou para o deslocamento forçado que levou a que mais de um milhão de pessoas estejam "amontoadas" em Rafah, no extremo sul de Gaza e que acolhe em grande parte deslocados internos.

A ANP governa de forma limitada pequenas áreas da Cisjordânia ocupada e perdeu o controlo sobre Gaza em 2007, quando o território foi tomado pelo Hamas.

"Gaza é parte integrante do Estado Palestiniano e não é possível aceitar ou abordar os planos das autoridades de ocupação [Israel] para separá-la ou cortar qualquer centímetro do seu território", garantiu Abbas a Blinken.

O principal representante da diplomacia norte-americana está a visitar a região, para promover uma nova trégua em Gaza que envolva a libertação dos reféns israelitas, embora esta tarde Netanyahu tenha apelado novamente à pressão militar para conseguir "uma vitória absoluta" contra o Hamas.

Isto pareceu distanciar a possibilidade de Israel concordar com um pacto de cessar-fogo mediado pelo Qatar, pelo Egito e pelos Estados Unidos.

Leia Também: "Atividades de terror". Dor Shaphira critica apoio à ONU na Palestina

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