Biden não vai ser acusado por reter "deliberadamente" dados confidenciais

No relatório do conselho especial é referido que o presidente dos EUA não vai enfrentar acusações criminais.

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© Drew Angerer/Getty Images

Notícias ao Minuto
08/02/2024 20:36 ‧ 08/02/2024 por Notícias ao Minuto

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Uma investigação concluiu que o presidente dos EUA, Joe Biden, "reteve e divulgou deliberadamente materiais confidenciais" quando era um cidadão sem cargos públicos. No relatório do conselho especial é referido que Biden não vai enfrentar acusações criminais.

A investigação começou há mais de um ano, depois de vários documentos secretos terem sido encontrados na casa e no antigo escritório de Joe Biden. De acordo com a BBC, os arquivos foram imediatamente devolvidos às autoridades norte-americanas quando foram descobertos. 

“Concluímos que as evidências não estabelecem a culpa ao Sr. Biden, além de qualquer dúvida razoável”, refere o relatório. O Conselheiro Especial do Departamento de Justiça, Robert Hur, indicou ainda que um processo contra Biden "é injustificado com base na consideração dos fatores agravantes e atenuantes". 

O relatório, constituído por 345 páginas, foi divulgado hoje e constitui uma avaliação severa da forma como Biden geriu informação governamental sensível  sobre assuntos militares e política externa relativa ao Afeganistão e outros assuntos sensíveis de segurança nacional. Os investigadores realizaram 173 interrogatórios a 147 testemunhas, incluindo o presidente dos EUA. 

Entre a documentação encontrada pelos investigadores estão materiais sobre o Afeganistão, que provam a sua oposição à decisão do presidente Barcak Obama, de quem Biden era vice-presidente, de enviar mais tropas para o país.

Uma carta escrita à mão que dirigiu a Obama a este propósito é um dos materiais encontrados.

"Estes materiais sustentam a posição de Biden quando os considerou como relacionados com as mais importantes decisões que tomou enquanto vice-presidente", detalhou-se no relatório.

No Departamento de Justiça há precedentes de acusações criminais contra indivíduos por terem partilhado informação classificada com biógrafos ou autores dos seus discursos, como o general David Petraeus, que de resto se declarou culpado em 2015 e foi condenado a pena suspensa.

Os advogados da Casa Branca e o próprio advogado de Joe Biden tiveram a oportunidade de ver e comentar o documento. Biden decidiu não exercer qualquer prerrogativa presidencial Sor qualquer parte do relatório, disse um dos porta-vozes da Presidência, Ian Sams.

[Notícia atualizada às 22h16]

Leia Também: Depois de Macron, Merkel. Biden confunde ex-chanceler com líder já morto

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