Israel proíbe entrada de relatora da ONU por ligar atentados a opressão

Israel proibiu hoje a entrada no país da relatora especial da ONU para os direitos humanos nos Territórios Palestinianos Ocupados por ter afirmado que os atentados de 07 de outubro foram causados pela opressão israelita.

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© Ahmad Hasaballah/Getty Images

Lusa
12/02/2024 14:20 ‧ 12/02/2024 por Lusa

Mundo

Israel/Palestina

Os ministros dos Negócios Estrangeiros, Israel Katz, e do Interior, Moshe Arbel, assinaram hoje uma ordem para vetar a entrada de Francesca Albanese, alegando que a "era do silêncio" da população judaica terminou, anunciou o Governo.

O executivo israelita instou a ONU a distanciar-se das declarações da relatora e a demiti-la, segundo fontes do Ministério dos Negócios Estrangeiros citadas pela agência espanhola Europa Press.

As declarações em causa foram publicadas numa rede social no sábado, quando a jurista italiana negou que os ataques do Hamas pudessem ser considerados "o maior massacre antissemita do século", como afirmou o Presidente francês, Emmanuel Macron.

"As vítimas de 07 de outubro não foram mortas por causa do seu judaísmo, mas em reação à opressão israelita. A França e a comunidade internacional não fizeram nada para o evitar. Os meus respeitos às vítimas", escreveu Albanese.

Katz já tinha condenado no domingo as palavras da relatora especial numa outra mensagem em que pedia a demissão imediata de Albanese ao secretário-geral da ONU, António Guterres.

Israel disse que os operacionais do Hamas mataram cerca de 1.200 pessoas nos ataques no sul do país, lançados a partir da Faixa de Gaza, território controlado pelo grupo islamita palestiniano desde 2007.

Os atacantes também raptaram mais de duas centenas de pessoas que levaram como reféns para Gaza, das quais algumas foram trocadas por presos palestinianos e outras foram mortas.

Em reação ao ataque, Israel declarou guerra ao Hamas e lançou uma ofensiva aérea, marítima e terrestre contra o território de 2,3 milhões de habitantes, que provocou mais de 28.300 mortos desde então, segundo o Hamas.

Leia Também: Amnistia Internacional aponta "risco real de genocídio" na Faixa de Gaza

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