Borrell acusado de "fortalecer o Hamas" por apelar à não venda de armas
O ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Israel Katz, acusou hoje o alto representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell, de "fortalecer o Hamas".
© KENZO TRIBOUILLARD/ Getty Images
Mundo Israel/Palestina
"O nosso compromisso com as vidas dos civis em Gaza é maior do que o do Hamas. Os apelos para limitar a defesa de Israel apenas fortalecem o Hamas. Israel está determinado na sua missão de desmantelar o Hamas", disse o ministro.
Katz respondeu às declarações de ontem em Bruxelas do chefe da diplomacia europeia, que alertou que o número de mortos na guerra de Gaza é "muito elevado" e pediu que se impedisse a entrega de armas a Israel.
Borrell destacou que cada vez mais vozes se levantam em todo o mundo a alertar que as ações do exército israelita na Faixa de Gaza são "desproporcionais" e "excessivas", incluindo as do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, cujo país é o principal aliado de Israel.
Em resposta, Katz garantiu que "Israel cumpre estritamente as leis internacionais de guerra".
"Garantimos o movimento seguro de civis em Gaza, enquanto o Hamas impede a sua passagem segura", escreveu Katz na rede social X.
A UE não vende armas diretamente a nenhum país, mas os países membros sim.
Um tribunal holandês exigiu na segunda-feira que o Governo suspenda, no prazo de sete dias, a entrega a Israel de peças sobressalentes para caças F-35, numa decisão em resposta a uma ação judicial de uma Organização Não-Governamental que acusou o Estado de ser "cúmplice em crimes de guerra" em Gaza.
A Amnistia Internacional também pediu ontem a Espanha que a suspensão da venda de armas a Israel, que entrou em vigor a partir de 7 de outubro, seja "abrangente e permanente", além de pedir mais transparência.
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