"Estou grato ao senador Chuck Schumer, ao líder republicano do Senado, Mitch McConnell, e a todos os senadores americanos que apoiaram a continuidade da assistência à Ucrânia na luta pela liberdade, pela democracia e pelos valores que nos são caros", escreveu Zelensky na rede social 'X'.
Uma coligação bipartidária de senadores aprovou na noite de segunda-feira um pacote de ajuda externa de mais de 95 mil milhões de dólares para a Ucrânia, Israel e outros fins, numa votação de 66 votos a favor e 33 contra, que incluiu o voto favorável de 17 senadores republicanos.
O pacote inclui 10 mil milhões de dólares para ajuda humanitária a civis em zonas de conflito.
O chefe de Estado ucraniano afirmou que a continuação da ajuda dos EUA "ajuda a salvar vidas humanas do terror russo" na Ucrânia.
"Significa que a vida continuará a existir nas nossas cidades e que triunfaremos sobre a guerra", acrescentou.
Zelensky argumentou que a ajuda dos EUA aproxima uma paz justa à Ucrânia e restaura a estabilidade global, o que resultará numa maior segurança e prosperidade para todos os norte-americanos e para todo o mundo livre.
"Este sinal de apoio bipartidário inabalável é muito necessário e apreciado", afirmou o Ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmytro Kuleba, na sua conta no 'X'.
"Esperamos que sejam tomadas novas medidas para combater a agressão russa, trazer uma paz justa à Ucrânia e defender a ordem internacional que os Estados Unidos ajudaram a estabelecer e que protege todos os norte-americanos e outras nações livres", acrescentou.
Embora tenha conseguido passar no Senado norte-americano, o futuro do projeto de lei é incerto na Câmara dos Representantes, onde deverá ser ratificado no final desta semana.
Os republicanos, que têm a maioria na Câmara dos Representantes, há meses que se opõem a mais financiamento para a Ucrânia na sua guerra contra a Rússia.
De facto, o enquanto o projeto de lei avança no Senado, o ex-presidente republicano e novamente candidato, Donald Trump, tem argumentado que os EUA não devem conceder ajuda externa, a menos que se trate de um empréstimo.
O projeto de lei democrata incluía inicialmente um acordo sobre restrições à imigração, com o qual pretendia obter o apoio dos republicanos, mas sem sucesso.
Esse pacto sobre a imigração, que um grupo bipartidário de senadores negociou durante semanas com funcionários da Casa Branca, fracassou na semana passada após as críticas de Trump ao acordo, apesar de o texto incluir restrições à imigração que os conservadores pedem há anos, noticiaram os meios de comunicação locais.
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