Os Estados Unidos terão rejeitado uma proposta de cessar-fogo na Ucrânia feita pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin.
A informação é avançada pela agência de notícias Reuters, que cita três fontes russas. "Os contactos com os norte-americanos não resultaram em nada", disse uma delas, ao passo que outra revelou que "tudo se desmoronou" no que toca a esta proposta.
A agência britânica revela, porém, que não terá havido nenhum contacto oficial relativamente ao assunto e Washington não pretende entrar em negociações que não envolvam a presença da Ucrânia.
A proposta de cessar-fogo terá sido transmitida por Putin através de intermediários, em 2023, tanto em meios públicos como em privado, diz a Reuters. Alguns deles serão parceiros árabes de Moscovo no Médio Oriente.
Putin propôs, alegadamente, pausar o conflito nas atuais linhas de batalha, rejeitando ceder qualquer parte do território ucraniano ocupado.
A notícia surge no mesmo dia em que o presidente norte-americano, Joe Biden, apelou à Câmara dos Representantes dos EUA para que aprove rapidamente um pacote de ajuda à Ucrânia.
"Não podemos mais esperar (...) Se não nos levantarmos contra os tiranos que procuram conquistar ou dividir o território dos seus vizinhos, as consequências para a segurança nacional americana serão consideráveis", lê-se num comunicado assinado pelo presidente democrata.
Quase dois anos após o início da invasão russa, os representantes eleitos dos Estados Unidos, o principal apoiante militar da Ucrânia, não conseguem chegar a acordo sobre a aprovação de novos fundos.
O pacote inclui fundos para a luta de Israel contra o movimento de resistência islâmica Hamas e para um aliado estratégico dos Estados Unidos, Taiwan.
A maior parte - 60 mil milhões de dólares (55,6 mil milhões de euros) - é para ajudar a Ucrânia a reabastecer os 'stocks' de munições, armas e outras necessidades essenciais, numa altura em que o país entra no terceiro ano de guerra.
A ofensiva militar lançada em 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou, de acordo com os mais recentes dados da ONU, a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
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