"Não temos outra escolha senão continuar a nossa luta", disse Nikos Maroudas, presidente da Federação das Associações Agrícolas, citado pelos meios de comunicação locais, após uma reunião em Larissa, capital da Tessália, a principal planície grega que, no ano passado, foi atingida por inundações e incêndios florestais.
A decisão dos agricultores surge dois dias depois de o primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis, ter recebido representantes da Federação Agrícola com vista a acalmar a mobilização.
O primeiro-ministro mostrou-se "aberto à discussão", ao mesmo tempo que alertou que "as margens fiscais do país são limitadas".
O governo conservador prometeu uma redução nas contas de eletricidade dos agricultores para os próximos dez anos, que será implementada a partir de 1 de abril, assim como uma redução do IVA dos fertilizantes e da alimentação animal, passando dos atuais 13% para 6%.
O primeiro-ministro também garantiu que a ajuda financeira às pessoas afetadas por catástrofes naturais será paga rapidamente a partir do final deste mês.
Após uma ajuda de emergência inicial de 2.000 e 4.000 euros para agricultores e criadores no ano passado, respetivamente, o governo prometeu novas ajudas que devem agora ser aumentadas "para 5.000 e 10.000 euros".
Na quarta-feira à noite, o porta-voz da Federação Agrícola, Sokratis Aliftiras disse à televisão privada ANT1 que os agricultores "não estavam satisfeitos com as medidas adicionais anunciadas pelo governo" e que a manifestação em Atenas na próxima terça-feira é "um caminho de sentido único".
Os agricultores europeus, incluindo em Portugal, têm saído à rua nas últimas semanas para exigir a flexibilização da PAC -- Política Agrícola Comum e mais apoios para o setor.
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