O Kremlin desconhece as causas da morte na prisão do líder da oposição, Alexei Navalny, declarou hoje o porta-voz da Presidência russa, Dmitri Peskov, minutos após a notícia da morte do político russo.
"Os médicos têm de esclarecer", disse Peskov, citado pela agência de notícias TASS, depois dos serviços prisionais confirmarem a morte do conhecido opositor.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, já foi informado da morte de Alexei Navalny, de acordo com o Kremlin.
"Conforme a regulamentação vigente, o Serviço Penitenciário Federal está a realizar todos os esclarecimentos e verificações. Não há necessidade de dar instruções, pois existe um conjunto de normas que orientam a atuação do Serviço Penitenciário Federal", declarou Peskov.
O Comité de Investigação Russo no distrito autónomo de Yamal-Nenets declarou, num comunicado publicado na rede social Telegram, que o escritório da organização nesta área do país "abriu uma verificação processual relativa à morte de Navalny" na prisão IK-3.
"De acordo com os procedimentos estabelecidos na lei, uma série de medidas operacionais e investigativas estão a ser realizadas para determinar todas as circunstâncias do incidente", referiu a nota.
Os Serviços Prisionais Federais (FSIN) informaram num comunicado que Navalny se sentiu mal após uma caminhada e perdeu a consciência.
"Em 16 de fevereiro de 2024, no centro penitenciário n.º 3, o prisioneiro Navalny A.A. sentiu-se mal depois de uma caminhada", disse o FSIN num comunicado citado pela agência francesa AFP.
Uma ambulância chegou para tentar reabilitá-lo, mas Navalny morreu, acrescentou, segundo a agência norte-americana AP.
Não houve confirmação imediata da morte de Navalny por parte da sua equipa.
"As causas da morte estão a ser apuradas", acrescentou o FSIN da região ártica de Yamal-Nenets, onde se situa a colónia penal em que Navalny cumpria uma pena de 19 anos de prisão.
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