"Não importa o que pensávamos de Alexei Navalny como político, ele foi brutalmente assassinado pelo Kremlin", disse o Presidente da Letónia, Edgars Rinkevics, nas redes sociais.
"É um facto e é algo que deve ser conhecido sobre a verdadeira natureza do atual regime russo", acrescentou, citado pela agência espanhola EFE.
O homólogo lituano, Gitanas Nauseda, corroborou que Navalny "não morreu na prisão, mas foi morto pela brutalidade do Kremlin", com o objetivo de "silenciar a oposição a qualquer custo".
Nauseda pediu consequências para Moscovo e que os responsáveis sejam levados à justiça.
O Presidente da Estónia, Alar Karis, considerou que a "triste verdade" é que o Kremlin "silenciou os opositores ao regime" durante décadas, citando os assassinatos da jornalista Anna Politkovskaya e do político Boris Nemtsov.
Alexei Navalny, considerado um dos principais opositores de Putin, morreu hoje, aos 47 anos, numa colónia penal na região do Ártico onde cumpria uma pena de 19 anos de prisão por extremismo.
As autoridades russas disseram que Navalny se sentiu mal depois de uma caminhada e que os médicos o tentaram reanimar durante mais de 30 minutos, antes de declararem o óbito.
Acrescentaram que as causas da morte serão investigadas.
Estónia, Letónia e Lituânia fizeram parte da União Soviética, cuja desintegração, em 1991, marcou o fim da Guerra Fria, o período de tensão entre os blocos ocidental e oriental após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
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