Um jovem com um cartaz onde se lia "Assassinos" foi detido perto de um monumento a vítimas da repressão política na União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) no centro de Moscovo, onde hoje se formaram grandes filas de pessoas que queriam depositar flores em memória de Navalny.
Outra moscovita foi levada para a esquadra policial quando protestava em frente ao Muro da Dor, erigido na avenida Sakharov, batizado com o nome do dissidente soviético e prémio Nobel da Paz Andrei Sakharov, físico nuclear.
A jovem brandia um cartaz com a frase "Hoje morreu Alexei Navalny".
Em frente a esse monumento, inaugurado em 2017 pelo próprio Presidente russo, Vladimir Putin, os russos escreveram "Navalny" no chão com cravos vermelhos e ali colocaram fotos da principal figura da oposição russa, juntamente com mensagens como "Não nos renderemos".
Também se registaram detenções documentadas em Rostov, no sul do país, Murmansk (norte), Nizhny Novgorod (centro) e noutras cidades russas, onde os cidadãos protestaram nas ruas apesar do medo da repressão policial.
Na cidade siberiana de Novosibirsk, o monumento às vítimas da repressão política foi vedado com um cordão pelas autoridades, para impedir o acesso dos cidadãos que queriam depositar flores, segundo a revista digital Holod.
Alexei Navalny, de 47 anos, morreu hoje numa prisão do Ártico para onde tinha sido transferido em dezembro para cumprir uma pena de 19 anos sob "regime especial", segundo o serviço penitenciário federal da Rússia.
Ter-se-á sentido mal depois de uma caminhada, entrou em paragem cardiorrespiratória e os médicos da prisão e os dos serviços de socorro que acorreram à prisão não conseguiram reanimá-lo, indicou a direção do estabelecimento.
Até ao momento, a equipa de Navalny não confirmou esta informação, mas destacados dirigentes ocidentais e apoiantes do opositor já se pronunciaram para responsabilizar Putin pela sua morte.
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