Yulia Navalnaya acusa as autoridades russas de esconderem o corpo de Alexei Navalny enquanto esperam que os vestígios do agente nervoso Novichok com que o envenenaram desapareçam.
A mulher, que publicou uma declaração em vídeo esta segunda-feira, promete nomear os envolvidos na morte do opositor.
"Quero viver numa Rússia livre, quero construir uma Rússia livre. Continuarei o trabalho de Alexei Navalny”, diz Yulia no vídeo que pode ver abaixo.
"Vladimir Putin matou o meu marido", acusou ainda.
Instando os seus apoiantes a agirem, acrescenta: "Peço-vos que fiquem ao meu lado. Peço-vos que partilhem a raiva comigo. Raiva, raiva, ódio contra aqueles que ousaram matar o nosso futuro."
A família tem acusado a Rússia de impedir o acesso ao corpo de Navalny. Dmitri Peskov, questionado sobre a demora na entrega do corpo do opositor aos familiares, afirmou que esta questão não está relacionada "às funções da administração presidencial russa".
A equipa de Alexei Navalny, reagindo a estes comentários na rede social Telegram, considerou que "o Kremlin mostra os dentes, nega e ganha tempo, escondendo o seu crime".
Os investigadores russos disseram à mãe e aos advogados de Alexei Navalny que a investigação sobre a sua morte na prisão foi "prolongada", afirmou hoje a porta-voz do líder da oposição russa.
"Não sabemos quanto tempo isso vai durar. A causa da morte ainda é 'indeterminada'. Estão a mentir, a ganhar tempo e nem estão a escondê-lo", afirmou Kira Iarmich na rede social X.
As autoridades russas negaram hoje, pelo terceiro dia, o acesso da família ao corpo de Alexei Navalny, principal opositor do regime russo, que morreu na sexta-feira numa prisão do Ártico.
Desde o anúncio da morte de Alexei Navalny, na sexta-feira, muitos países ocidentais acusaram o regime russo de ser o responsável.
O opositor russo Alexei Navalny, um dos principais críticos de Vladimir Putin, morreu na prisão, anunciou na sexta-feira o serviço penitenciário federal da Rússia.
Navaly, 47 anos, estava numa prisão no Ártico, a cumprir uma pena de 19 anos de prisão sob "regime especial" e, de acordo com aqueles serviços, sentiu-se mal depois de uma caminhada e perdeu a consciência.
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[Notícia em atualização]