"O Equador não enviará nenhum material de guerra a um país envolvido num conflito armado internacional", assegurou a ministra dos Negócios Estrangeiros, Gabriela Sommerfeld, durante a uma comissão parlamentar.
O Presidente equatoriano Daniel Noboa tinha anunciado em janeiro um acordo com Washington para trocar antigo equipamento militar russo por novas armas de fabrico norte-americano, para lutar contra gangues ligados ao tráfico de drogas.
Os Estados Unidos especificaram que as armas trocadas pelo Equador seriam então enviadas à Ucrânia, para ajudar Kiev na luta contra a invasão russa.
Este acordo causou desagrado em Moscovo e a Rússia, um dos principais consumidores de bananas equatorianas, anunciou imediatamente a proibição das importações de bananas de cinco exportadores equatorianos, sob o pretexto da presença de uma praga de insetos.
Uma medida semelhante dizia respeito às flores equatorianas exportadas para a Rússia.
Moscovo reverteu depois a sua decisão.
A Rússia é o segundo destino da banana equatoriana, com 21% do total das suas exportações, atrás da União Europeia (28%), segundo a Associação dos Exportadores de Banana do Equador (AEBE).
A ofensiva militar russa no território ucraniano, desencadeada em 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Os aliados ocidentais da Ucrânia têm fornecido armas a Kiev e aprovado sucessivos pacotes de sanções contra interesses russos para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra.
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