A vice-presidente do Colégio de Engenheiros Técnicos Industriais, Esther Puchades, explicou que o edifício de 14 andares que ardeu esta quinta-feira em Valência, Espanha, foi construído com um material "muito inflamável".
"O edifício foi feito com poliuretano, um material muito inflamável", disse, citada pela Cadena SER.
"Aparentemente", continuou, foi construído numa qualidade "média-alta", com uma fachada ventilada e chapas de alumínio.
É precisamente "por baixo" dessas chapas, "e presa ao tijolo", que está uma camada de poliuretano. "Em teoria é muito bom impermeabilizante para a chuva", afirmou.
Só que "em contacto com uma chama converte-se em cera e, por isso, o fogo estendeu-se tão rápido para cima e para baixo", explicou a especialista.
Este foi o pior incêndio da história de Valência, diz o jornal espanhol El Confidencial. Contam-se, até ao momento, pelo menos 13 feridos, entre os quais estão seis bombeiros.
Os serviços regionais de emergência, que pediram apoio à Unidade Militar de Emergências de Espanha, revelaram que há mais de 20 corporações de bombeiros no local, além de diversos veículos de emergência, e que foi instalado um hospital de campanha.
O alerta de incêndio no 4.º andar do edifício chegou aos bombeiros por volta das 17:30 locais (16:30 em Lisboa) e em pouco tempo - menos de uma hora - alastrou a todos os pisos e a outro prédio ao lado.
O primeiro-ministro de Espanha, Pedro Sánchez, escreveu na rede social X estar "consternado com o terrível incêndio" em Valência e disse estar em contacto com o governo regional para avaliar a necessidade de mais meios.
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