O presidente da Rússia, Vladimir Putin, clarificou, na quinta-feira, quem é o seu 'favorito' às eleições nos Estados Unidos - e o escolhido foi Joe Biden.
Numa entrevista dada à televisão estatal Rossiya 1, o líder russo reiterou a sua preferência pelo atual presidente dos EUA, de quem, nem 24 horas antes, tinha recebido um forte insulto. É que durante um evento de angariações de fundos em São Francisco, na quarta-feira, o presidente norte-americano chamou Putin de de um "filho de mãe maluco". "Esta é a última ameaça existencial. É o clima. Temos um filho da mãe maluco como o Putin e outros, e temos de estar sempre preocupados com um conflito nuclear", referiu Biden.
Já na semana passada, Putin tinha dito que preferia que Biden continuasse a ser presidente - ao invés de existir uma vitória de Donald Trump. "Biden é mais experiente, mais previsível. É um político da velha escola", justificou na altura.
Segundo Putin, a reação de Biden aconteceu por ele próprio ter admitido que o 'preferia' - e o líder russo disse, não uma, mas duas vezes, que a resposta do seu homólogo norte-americano tinha sido "adequada".
"A julgar pelo que [Biden] acaba de dizer, tenho toda a razão, porque esta é uma reação adequada ao que disse", comentou.
Recorde-se que não só Putin já disse - e repetiu - que prefere Biden como presidente nos Estados Unidos, como o porta-voz do Kremlin já colocado Trump 'em cheque'. A situação aconteceu durante uma entrevista à NBC News em dezembro, quando o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, foi questionado sobre estas preferências.
Na altura, Peskov apontou que Vladimir Putin preferia um presidente “mais construtivo” em relação à Rússia e que percebesse a “importância do diálogo”. Sublinhando que Moscovo estaria, no entanto, disposto a trabalhar com “qualquer um [presidente] que percebesse que daqui para a frente é preciso ter cuidado com a Rússia, assim como ter em conta as suas preocupações”, Peskov pareceu não concordar com um monólogo em particular de Donald Trump.
Trump - que antecedeu a Biden e agora se candidata à presidência dos EUA - referiu mais do que uma vez que “conseguiria um acordo” para acabar com a guerra em 24 horas se fosse reeleito, ideia que voltou a reforçar há alguns meses - mas Peskov não concordou, referindo que resolver o conflito neste período era “demasiado complicado”.
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