"Demite-te", "estrume". Macron recebido com vaias por agricultores

Macron inaugurou hoje o Salão da Agricultura, em Paris. O início evento foi adiado depois da intervenção de um elevado número de polícias, que se deslocaram para o interior do recinto para conter os manifestantes.

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© Christophe Petit Tesson/Pool via REUTERS

Notícias ao Minuto com Lusa
24/02/2024 16:26 ‧ 24/02/2024 por Notícias ao Minuto com Lusa

Mundo

França

Um grupo de agricultores franceses invadiu, este sábado, uma importante feira agrícola de Paris, pouco antes de uma visita planeada pelo presidente de França, Emmanuel Macron. Quatro pessoas acabaram detidas. 

Imagens partilhadas nas redes sociais mostram a grande confusão instalada no local. A polícia foi obrigada a intervir, enquanto os agricultores gritavam e exigiam a demissão de Macron. O presidente, que inaugurou o Salão da Agricultura, foi vaiado e recebido por assobios e cânticos. (Pode ver o vídeo na galeria acima)

Com um atraso de cerca de quatro horas e meia, a maior feira agrícola de França, que deverá receber cerca de 600 mil visitantes, começou ao início da tarde depois de confrontos entre polícia e agricultores.

"Macron, demite-te", "estrume" e "desaparece" foram algumas das palavras que os presentes entoaram enquanto o presidente francês inaugurava a exposição, noticia a agência France-Presse (AFP).

Três dos detidos foram libertados pouco depois, enquanto um ficou sob custódia policial, de acordo com o diário Le Parisien.

Durante a manhã, cerca de uma hora antes da abertura oficial prevista, dezenas de manifestantes forçaram a entrada por um portão e confrontaram os elementos de segurança do Salão da Agricultura.

O início evento foi adiado depois da intervenção de um elevado número de polícias, que se deslocaram para o interior do recinto para conter os manifestantes.

Macron iniciou o dia com um pequeno-almoço com dirigentes sindicais agrícolas, numa sala protegida dos assobios exteriores.

No encontro, Macron terá feito alguns anúncios, incluindo a criação de um "preço mínimo" de base para "garantir o rendimento dos agricultores", bem como um plano de emergência para aliviar as explorações em risco, de acordo com a Associated Press (AP).

Em resposta aos apupos, Macron disse que não seria possível "responder à crise na agricultura em poucas horas".

"Foram meses e anos de trabalho dos que vieram cá para apresentar o seu gado e o seu trabalho... Esta feira deve decorrer bem e de forma calma", pediu Macron.

A crise no setor, que se arrastava desde o outono, explodiu em janeiro, levando a duas semanas de bloqueios de autoestradas que foram finalmente levantados no início deste mês.

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