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G7 compromete-se a apoiar Kyiv na defesa e a aplicar sanções à Rússia

Os países do G7 comprometeram-se hoje a continuar a ajudar a Ucrânia a defender-se da invasão russa, bem como a aprovar novas sanções contra a Rússia.

G7 compromete-se a apoiar Kyiv na defesa e a aplicar sanções à Rússia
Notícias ao Minuto

19:00 - 24/02/24 por Lusa

Mundo Guerra na Ucrânia

A posição do G7 - grupo das sete democracias mais industrializadas do mundo - consta de uma declaração final divulgada após uma reunião por videoconferência, presidida a partir de Kiev pela primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni.

Na declaração conjunta, citada pela agência EFE, os líderes da Itália, Alemanha, Reino Unido, Estados Unidos, Japão, Alemanha e Canadá afirmam que "continuarão a apoiar o direito da Ucrânia à autodefesa" e reiteraram "o compromisso com a segurança a longo prazo da Ucrânia, nomeadamente através da conclusão e implementação de compromissos e acordos bilaterais de segurança", com base na Declaração Conjunta de Apoio à Ucrânia aprovada em Vilnius em julho passado.

Os países do G7 comprometeram-se ainda a aumentar "o custo da guerra para a Rússia, degradando as suas fontes de rendimento e impedindo os seus esforços para construir a sua máquina de guerra", e a "aplicar e fazer cumprir na íntegra as sanções contra" o país. Outras medidas poderão ser adotadas, "se necessário".

Os membros elogiaram o facto de a Ucrânia ter "demonstrado a sua vontade de derrotar a máquina de guerra do presidente [da Rússia, Vladimir] Putin, restaurar a integridade territorial da sua nação e defender a soberania e independência" de Kiev.

A declaração frisa ainda que Vladimir Putin "não conseguiu o seu objetivo estratégico de subjugar a Ucrânia" e "esgotou os recursos da Rússia para financiar uma guerra desnecessária", que destruiu famílias e "centenas de milhares de vidas" no seu próprio país.

Além do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, assistiram em Kiev à reunião do G7 a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau, ao passo que os líderes de Japão, Estados Unidos, Reino Unido e Alemanha se ligaram por videoconferência. O Presidente francês, Emmanuel Macron, não participou e foi substituído pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Stéphane Séjourn.

As sete economias mais industrializadas asseguram ainda que ajudarão a Ucrânia "a satisfazer as suas necessidades financeiras urgentes" e assistirão "outros países vulneráveis gravemente afetados pelos impactos da guerra", vendo "com satisfação" a aprovação por parte da União Europeia, do Fundo para a Ucrânia, de 50 mil milhões de euros.

O grupo aplaudiu também "a rápida entrega" do apoio orçamental por parte do Japão no primeiro trimestre de 2024 e o novo financiamento do Canadá.

O G7 assegurou ainda que nunca reconhecerá "as chamadas 'eleições', passadas e futuras, celebradas pela Rússia nos territórios da Ucrânia, nem os seus resultados", demonstrando o seu apoio às investigações do Tribunal Penal Internacional, da Procuradoria-Geral ucraniana e de outros países a crimes de guerra.

Estes países imporão "sanções adicionais a empresas e indivíduos de países terceiros que ajudem a Rússia a adquirir armas", e também "quem ajude a Rússia a adquirir ferramentas e outros equipamentos que ajudem à produção de armas ou ao desenvolvimento militar-industrial" russo.

A declaração condena também "energicamente as exportações da Coreia do Norte e a aquisição, por parte da Rússia, de mísseis balísticos" àquele país.

Por outro lado, insta o Irão "para que deixe de ajudar o exército russo", manifestando ainda preocupação pelas transferências feitas por empresas da República Popular da China para a Rússia.

"Não é correto que a Rússia decida se e quando pagará pelos danos que causou na Ucrânia", contabilizados em 448,6 mil milhões de euros pelo Banco Mundial, sublinharam, acrescentando que cabe ao Estado liderado por Putin "pagar pelo dano que está a causar".

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada em 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

O conflito provocou a destruição de importantes infraestruturas em várias áreas na Ucrânia, bem como um número por determinar de vítimas civis e militares.

[Notícia atualizada às 19h56]

Leia Também: Zelensky diz que conta com os líderes do G7 para uma "vitória comum"

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