O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, discursou no domingo numa conferência de imprensa realizada em Kyiv, por ocasião do segundo aniversário do conflito, e protagonizou um momento caricato na sequência de uma pergunta feita pela plateia.
"Senhor Presidente, se Putin lhe telefonar à noite, atende o telefone?", ouviu-se na sala, seguido de risadas e de um sorriso subtil do líder ucraniano.
"Como é que ele me pode telefonar? Ele não tem telemóvel e eu não tenho um telégrafo de 1917", ironizou, dizendo, de seguida, que o presidente russo não quer terminar com o conflito.
"Ele não me vai telefonar, não quer acabar com esta guerra. É um facto", realçou Zelensky.
Na mesma conferência, o líder ucraniano afirmou que a vitória do país depende da ajuda militar do Ocidente, avançando ter "a certeza" de que o Congresso dos Estados Unidos acabará por aprovar o pacote de apoio há muito aguardado de 60 mil milhões de dólares, atualmente bloqueado pelos membros republicanos da Câmara dos Representantes.
A ofensiva militar russa no território ucraniano foi lançada em 24 de fevereiro de 2022 para alegadamente defender os territórios pró-russos e eliminar um suposto nazismo no país vizinho.
A guerra mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a II Guerra Mundial (1939-1945).
O conflito - que entra agora no terceiro ano - provocou a destruição de importantes infraestruturas em várias áreas na Ucrânia, e um número por determinar de vítimas civis e militares.
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