"Do milhão de bombas que a União Europeia nos prometeu, não foram 50 por cento, mas infelizmente 30 por cento que foram entregues", disse o líder ucraniano durante uma conferência de imprensa em Kyiv, ao lado do primeiro-ministro búlgaro, Nikolai Denkov.
A UE comprometeu-se no ano passado a enviar à Ucrânia um milhão de projéteis de artilharia -- para ajudar no esforço de guerra contra a invasão russa - antes do final de março de 2024, antes de admitir que não conseguiria atingir este objetivo.
No final de janeiro, o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, declarou que cerca de 52% dos projéteis prometidos seriam entregues até março, prometendo que os aliados europeus seriam capazes de fornecer a Kyiv 1,15 milhões de projéteis antes do final de 2024.
As autoridades ucranianas lamentaram nos últimos dias os atrasos nas entregas de ajuda militar ocidental, o que forçou o Exército de Kyiv a retirar-se da cidade de Avdiivka (leste), após quatro meses de combates.
Hoje, Kyiv também anunciou que abandonou uma pequena aldeia perto de Avdiivka, face à pressão incessante da Rússia.
O ministro da Defesa ucraniano, Rustem Umerov, também declarou no domingo que metade das armas ocidentais prometidas a Kyiv foram entregues com atraso.
"Atualmente, compromisso não é sinónimo de entrega, já que 50 por cento compromissos não são cumpridos dentro do prazo", denunciou o ministro.
Na passada semana, Zelensky estimou que os atrasos nas entregas de armas contribuíram para o fracasso da grande contraofensiva de Kyiv, no verão de 2023.
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