"Enquanto as fábricas de armas norte-coreanas operam com 30% da capacidade devido à escassez de matérias-primas e energia, outras operam em plena capacidade, a produzir principalmente armas e munições para a Rússia", afirmou Shin Won-sik numa conferência de imprensa, segundo a agência de notícias Yonhap.
Em troca, segundo Shin, Pyongyang recebeu alimentos e produtos básicos, assim como matérias-primas para aumentar o ritmo da sua produção de armas.
O dirigente sul-coreano referiu ainda que a Rússia também transfere tecnologia, acordo que permitiu aos norte-coreanos lançarem o seu primeiro satélite em novembro de 2023 e lançar mais três este ano.
"Se a Rússia continuar a receber mais munições da Coreia do Norte, a transferência de tecnologia poderá aumentar", alertou o ministro da Defesa da Coreia do Sul.
Existe uma preocupação crescente entre os parceiros de Kiev em relação à escassez de equipamento militar, armas e suprimentos para as forças ucranianas, enquanto a Rússia recorre aos seus aliados tradicionais para contornar as sanções impostas pelos países ocidentais.
Segundo o Governo da Coreia do Sul, os norte-coreanos enviaram para a Rússia cerca de 6.700 contentores com armas, munições e outros equipamentos de guerra, no âmbito do que foi acordado entre o líder norte-coreano, Kim Jong-un, e o Presidente russo, Vladimir Putin, em setembro do ano passado.
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