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"Apoiamos em princípio o plano de paz proposto pelo presidente ucraniano"

O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, manifestou hoje o seu apoio "em princípio" ao plano de paz de dez pontos apresentado em 2022 pelo homólogo ucraniano Volodymyr Zelensky, que prevê uma retirada incondicional da Rússia, mas pediu "mais diplomacia".

"Apoiamos em princípio o plano de paz proposto pelo presidente ucraniano"
Notícias ao Minuto

17:15 - 28/02/24 por Lusa

Mundo Recep Tayyip Erdogan

"Julgo que pelo menos se deveria iniciar um esforço conjunto para determinar os parâmetros gerais da paz. Neste aspeto, apoiamos em princípio o plano de paz de dez pontos proposto pelo Presidente ucraniano", disse Erdogan numa mensagem vídeo enviada à cimeira dos Balcãs ocidentais que hoje decorre em Tirana e com a participação de Zelensky.

O plano, proposto no final de 2022 por Kyiv, prevê a retirada de todas as tropas russas de território ucraniano, a restauração das fronteiras internacionalmente reconhecidas e o estabelecimento de um tribunal para julgar os crimes de guerra russos.

Na capital da Albânia, Zelensky acentuou a necessidade de receber dinheiros e armas para o Exército ucraniano e sugeriu aos países balcânicos iniciativas para fabricar mais munições, mas com Erdogan a insistir na importância das negociações.

"Mantenho a minha opinião de que é necessário dar uma oportunidade à diplomacia e ao diálogo para terminar a guerra com uma paz justa e duradoura. É crucial utilizar canais diplomáticos de máximo nível para alcançar esse objetivo", disse o Presidente turco.

Recordou ainda que a Turquia "apoia a independência, soberania, segurança e integridade territorial da Ucrânia", aludiu às suas numerosas tentativas de mediação entre Kyiv e Moscovo e demonstrou disponibilidade para retomar as negociações realizadas em março de 2022 em Istambul, sem resultado.

Erdogan também invocou a reativação do acordo de exportação de cereais a partir de portos ucranianos, negociado com envolvimento turco e suspenso pela Rússia em julho de 2023, e assinalou que se mantém em contacto com as Nações Unidas "para uma nova regulação, com compromissos de segurança no Mar Negro".

A ofensiva militar russa no território ucraniano, desencadeada em 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Os aliados ocidentais da Ucrânia têm fornecido armas a Kyiv e aprovado sucessivos pacotes de sanções contra interesses russos para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra.

Leia Também: "Vamos continuar a trabalhar". Bulgária concede nova ajuda militar a Kyiv

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