"Os Estados Unidos apoiam fortemente a soberania e a integridade territorial da Moldova dentro das suas fronteiras reconhecidas internacionalmente", disse o porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Matthew Miller.
Hoje, as autoridades da Transnístria, uma região separatista russófona do leste da Moldova, aprovaram uma declaração oficial que pede a "proteção" da Rússia face a Chisinau, que adotou recentemente medidas de retaliação económica contra este território.
Na declaração, citada pelas agências noticiosas russas, as autoridades separatistas solicitam a Moscovo que "adote medidas para proteger a Transnístria num contexto de crescente pressão por parte da Moldova".
Os deputados da Transnístria reuniram-se hoje oficialmente para abordar questões económicas, numa altura em que têm surgido alegações sobre um pedido de unificação deste território com a Rússia, exacerbadas pelas tensões com a vizinha Ucrânia.
Em reação, o Governo da Moldova criticou as iniciativas das autoridades da região separatista.
O vice-primeiro-ministro moldavo, Oleg Serebrian, disse, na rede social Telegram, que o Governo "rejeita a propaganda vinda de Tiraspol" capital da autoproclamada república da Transnístria.
Na sua mensagem, o governante acrescentou que a região beneficia de "políticas de paz, segurança e integração económica" como parte dos seus laços com a União Europeia.
Desde o início da invasão russa da Ucrânia, têm surgido alusões sobre uma eventual expansão do conflito à Transnístria.
Em 2023, as autoridades deste estado autoproclamado acusaram designadamente Kiev de pretender atacá-lo, após terem afirmado que preveniram em março um atentado contra os seus dirigentes.
Na semana passada, o Ministério da Defesa russo assegurou que a Ucrânia preparava uma "provocação armada" contra a Transnístria.
O território, que percorre o rio Dniestr e conta oficialmente com 465.000 habitantes na maioria russófonos, não é reconhecido como estado pelas instâncias internacionais, incluindo por Moscovo.
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