Nadezhdin contestou a decisão na Justiça, mas os tribunais rejeitaram todos os seus argumentos e, segundo anunciou hoje na sua conta da rede Telegram, foi a vez de o Supremo descartar o pedido para invalidar uma decisão de 21 de fevereiro que permitiria manter o candidato presidencial no processo eleitoral.
Segundo Nadezhdin, um dos argumentos apresentados ao tribunal foi que a comissão eleitoral não tem competências para decidir quem é um "bom candidato", tendo mesmo proposto adiar as eleições para estudar a fundo o seu caso.
? As eleições presidenciais na Rússia realizam-se entre 15 e 17 de março, num contexto dominado pelo atual Presidente, Vladimir Putin, que aspira à reeleição graças a uma reforma constitucional. A campanha foi marcada pela morte na prisão do líder da oposição Alexei Navalni.
Nadezhdin concorreu à presidência como candidato pelo partido Iniciativa Cívica e, embora inicialmente tenha recolhido mais assinaturas do que as 100 mil necessárias - cerca de 105 mil - as autoridades acabaram por anular 15%, acusando-o, entre outras coisas, de apresentar assinaturas de pessoas já mortas, algo que o opositor negou.
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