"Preferiria que toda a União Europeia decidisse sobre sanções contra a Rússia e a Bielorrússia em relação a alimentos e produtos agrícolas", uma vez que uma decisão dos 27 seria "mais eficaz" comparando com decisões tomadas por cada Estado-membro, argumentou aos jornalistas, em Vilnius.
No início deste mês, a Letónia já proibiu a importação de produtos alimentares da Rússia e da Bielorrússia, inclusive através de países intermediários.
Tusk vai solicitar ao Parlamento polaco que adote uma resolução para pedir a Bruxelas que "imponha sanções abrangentes" aos produtos agrícolas e alimentares russos e bielorrussos que não estão sujeitos a embargos.
As medidas iriam "tornar as sanções mais realistas", além de "proteger de forma mais eficaz os mercados agrícolas e alimentares europeus, lituanos e polacos" e ainda "desbloquear totalmente as possibilidades de exportação de produtos agrícolas e produtos alimentares para países terceiros".
Há várias semanas que os agricultores europeus se manifestam contra o Acordo Verde Europeu e as importações, autorizadas por Bruxelas, de produtos agrícolas ucranianos.
Na Polónia, os agricultores estão a bloquear as principais estradas do país e as passagens fronteiriças com a Ucrânia.
Em vários países, incluindo Portugal, os agricultores têm protestado e garantiram que o setor é um dos temas políticos nas próximas eleições europeias, que decorrem entre 06 e 09 de junho.
A Comissão Europeia já avançou com algumas concessões, como o adiamento da redução do uso de pesticidas e lançou um inquérito aos agricultores e pequenos fornecedores de cadeias de abastecimento para avaliar as práticas comerciais desleais.
Os ministros da Agricultura da UE aprovaram recentemente um primeiro pacote de medidas imediatas destinado a aliviar a carga burocrática exigida para os pagamentos diretos e desobrigar do cumprimento de pousio das terras os produtores de leguminosas.
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