Partido Popular inicia congresso com foco na reeleição de Von der Leyen

O Partido Popular Europeu (PPE) inicia hoje o seu congresso pré-eleições europeias de junho com foco na nomeação de Ursula von der Leyen para voltar à presidência da Comissão Europeia, defendendo uma União Europeia (UE) "digna, segura e livre".

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© Sean Gallup/Getty Images

Lusa
06/03/2024 07:34 ‧ 06/03/2024 por Lusa

Mundo

PPE

Duas semanas após ter anunciado a sua candidatura a 'Spitzenkandidat' (cabeça de lista) do PPE para as eleições europeias de junho, visando uma reeleição à frente da instituição por mais cinco anos, Ursula von der Leyen deverá ter o seu nome confirmado pela bancada de centro-direita neste congresso que decorre hoje e quinta-feira na capital romena, em Bucareste.

Mas antes desse que será o ponto alto da reunião magna, e cuja votação está prevista para quinta-feira, decorre hoje o primeiro dia do congresso com foco no manifesto eleitoral do partido, que defende "uma Europa onde a dignidade, a segurança e a liberdade dos cidadãos estão sempre em primeiro lugar".

"A Europa tem todas as cartas certas para moldar o futuro. Tal como o PPE tem feito ao longo das últimas décadas, manteremos a Europa unida, defenderemos o modo de vida europeu baseado na liberdade, no pluralismo, na subsidiariedade, na solidariedade, na democracia e no Estado de direito e promoveremos o crescimento económico e o desenvolvimento sustentáveis", defende o grupo político de centro-direita no manifesto "A Europa que queremos", que hoje será apresentado pelo presidente do PPE, Manfred Weber, e votado pelos participantes.

Neste primeiro dia, haverá intervenções de oradores como o eurodeputado do PSD Paulo Rangel, bem como debates temáticos sobre defesa e segurança, economia e emprego e solidariedade entre gerações, sendo que neste último participa a eurodeputada social-democrata Lídia Pereira, que também é presidente da Juventude do PPE.

Ao todo, estão previstos 2.000 participantes de 44 países.

Ursula von der Leyen não foi 'Spitzenkandidat' do PPE em 2019, mas desta vez concorreu e foi apoiada pelo seu partido alemão, a União Democrata-Cristã (CDU), que integra esta família política.

Enquanto primeira mulher na presidência da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen foi aprovada pelo Parlamento Europeu, em novembro de 2019, com 461 votos a favor, 157 contra e 89 abstenções, numa decisão que é tomada por maioria absoluta (metade dos eurodeputados em funções mais um).

Atualmente, o Parlamento Europeu é composto por sete grupos políticos, sendo o PPE o maior deles, seguido pela Aliança Progressista dos Socialistas e Democratas (S&D), a bancada do Partido dos Socialistas Europeus (PES, na sigla inglesa).

Pelo PES, o atual comissário europeu luxemburguês do Emprego e Direitos Sociais, Nicolas Schmit, foi nomeado no passado fim de semana 'Spitzenkandidat' da família política socialista nas eleições europeias de junho.

A figura dos candidatos principais -- no termo alemão 'Spitzenkandidat' -- surgiu nas eleições europeias de 2014, com os maiores partidos europeus a apresentarem as suas escolhas para futuro presidente da Comissão Europeia.

De seguida, em 2019, tentou-se aplicar novamente este modelo, mas por desacordo entre os grupos políticos estes candidatos principais não ocuparam os altos cargos europeus.

+++ A Lusa viajou a convite do PPE +++

Leia Também: CE. Von der Leyen foi "excelente presidente" em oposição a Durão Barroso

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