O ministro do Mar, Abraão Vicente, participa do evento para dar conta da experiência cabo-verdiana ao nível da economia azul -- atividades relacionadas com os oceanos, da pesca ao turismo, entre outras -- e sua relação com princípios de sustentabilidade.
A organização Líderes Azuis inclui 24 países -- entre os quais, Portugal, o único lusófono -- que apelam a ações urgentes para salvar o oceano global face à crise climática, à sobrepesca, à poluição e a outras ameaças.
O grupo nasceu durante a Cimeira do Clima de 2021 (COP26), altura em que os países constituintes assinaram uma declaração com dois princípios principais: estabelecer "uma nova meta global para proteger pelo menos 30% do oceano global até 2030" e "concluir rapidamente um novo tratado das Nações Unidas para conservar e proteger a biodiversidade no oceano além da jurisdição nacional".
O encontro de hoje faz parte do programa da presidência belga do Conselho Europeu.
O programa do encontro prevê painéis de discussão com representantes de Governos e organizações internacionais da área da ciência e juventude.
Um dos principais documentos em foco será o Tratado de Biodiversidade de Áreas Além da Jurisdição Nacional das Nações Unidas (Tratado BBNJ ou Tratado de Alto Mar) e a ligação entre o oceano e o clima.
Na qualidade de arquipélago no oceano Atlântico, a quase totalidade do território de Cabo Verde é constituída por mar, ao qual o país -- 10 ilhas, nove habitadas -- está ligado para quase todas as áreas de atividade económica e social.
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