A Agência Central de Investigação (CBI, na sigla em inglês) "está a realizar buscas simultâneas em cerca de 13 locais" em sete cidades indianas, incluindo Nova Deli e Mumbai, disse, em comunicado.
As rusgas surgiram na sequência do desmantelamento de "uma importante rede de tráfico de seres humanos em todo o país que visava jovens ingénuos com a promessa de empregos lucrativos no estrangeiro", acrescentou a nota.
Até à data, as autoridades apreenderam cinco milhões de rupias (55 mil dólares), documentos incriminatórios e registos eletrónicos, tendo também efetuado várias detenções de suspeitos para interrogatório no âmbito do processo.
A CBI explicou que os traficantes atraíram cidadãos indianos através de canais das redes sociais e contactos locais para empregos bem remunerados na Rússia.
Uma vez recrutados, "eram treinados para funções de combate e destacados para bases da linha da frente na zona de guerra Rússia-Ucrânia contra a sua vontade, colocando assim as suas vidas em grave perigo", afirmou a CBI.
Até à data, a agência identificou 35 casos de vítimas enviadas para o estrangeiro através destas redes.
A Índia comunicou na quarta-feira a morte de um cidadão indiano alegadamente aliciado para combater na guerra da Rússia contra a Ucrânia.
O caso foi denunciado por cerca de uma dezena de cidadãos indianos que, nas últimas semanas, insistiram que viajaram para Moscovo para apoiar o exército russo em tarefas secundárias, mas foram forçados a combater na linha da frente.
Desde o início da guerra na Ucrânia, em fevereiro de 2022, a Índia tem apelado à população para que se mantenha afastada do conflito, no qual Nova Deli tem mantido uma posição neutra, evitando condenar a invasão russa.
A lei indiana proíbe os cidadãos de participarem em conflitos armados noutros territórios ou países com os quais Nova Deli está em paz.
De acordo com o Código Penal indiano, quem violar esta regra "será punido com prisão de qualquer tipo por um período que pode chegar a sete anos".
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