O Comando Central dos Estados Unidos (CENTCOM) anunciou hoje em comunicado que "no dia 07 de março [quinta-feira], entre as 15h35 e as 16h55, hora de Sana (12h35 e 13h55 em Lisboa), atingiu em autodefesa quatro mísseis de cruzeiro e um veículo aéreo não tripulado ('drone') lançados de áreas do Iémen controladas pelos huthis".
O CENTCOM, cujo quartel-general se localiza em Tampa, estado norte-americano da Florida, refere ainda que também abateu "três 'drones' lançados a partir de zonas do Iémen controladas pelos huthis apoiados do Irão", acrescentou.
"Estas ações foram levadas a cabo para proteger a liberdade de navegação e tornar as águas internacionais mais seguras para a Marinha de Guerra dos Estados Unidos e para os navios da Marinha Mercante" no Mar Vermelho, uma via estratégica para o comércio internacional, acrescenta o documento.
O líder huthi, Abdelmalek al-Huthi, afirmou num discurso transmitido em Sana na quinta-feira que os insurgentes iemenitas vão continuar "os ataques contra Israel, bem como contra navios israelitas, norte-americanos e britânicos e navios ligados a esses países", no Mar Vermelho.
Os huthis iniciaram os ataques em novembro do ano passado, em retaliação à intervenção militar de Israel na Faixa de Gaza.
Os ataques intensificaram-se nas últimas semanas.
O líder dos huthis disse ainda que as forças que controlam o Iémen lançaram um total de 96 ataques com mísseis balísticos e drones contra 61 navios no Mar Vermelho e no Mar Arábico nos últimos cinco meses.
Recentemente, o navio britânico "Rubymar" foi o primeiro navio da Marinha Mercante a ser afundado por ataques dos rebeldes iemenitas.
O líder huthis anunciou recentemente o uso do que chamou "armas submarinas" ao arsenal operacional dos insurgentes, e outras "surpresas" para Washington e Londres.
Em meados de janeiro, os Estados Unidos e o Reino Unido lançaram uma campanha de bombardeamentos contra as posições das forças huthis no Iémen.
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